Jatos russos e sírios intensificaram bombardeios em Aleppo, a segunda maior cidade da Síria, após rebeldes capturarem cerca de metade do território em uma ofensiva surpresa. De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (SOHR), os insurgentes, liderados pelo grupo islâmico Hayat Tahrir al Sham, avançaram até o centro da cidade, forçando o exército sírio a recuar. O governo local anunciou uma “retirada temporária” para preparar uma contraofensiva.
O avanço rebelde resultou no fechamento do aeroporto de Aleppo e de importantes estradas, comprometendo a circulação na região. Nas últimas 24 horas, dezenas de soldados sírios foram mortos em combates violentos. Fontes militares confirmaram que a Rússia prometeu aumentar o suporte militar ao regime de Bashar al-Assad, incluindo a realização de “retiradas seguras” de áreas críticas para proteger suas tropas e reestruturar as linhas de defesa.
Além dos combates em Aleppo, os ataques aéreos no noroeste da Síria, particularmente em Idlib, resultaram na morte de 27 civis, incluindo crianças, segundo a ONU. Essa escalada de violência marca o retorno dos rebeldes à cidade pela primeira vez desde 2016, quando forças do governo retomaram o controle total de Aleppo, apoiadas pela Rússia e milícias regionais. A oposição justificou a ofensiva como uma resposta aos recentes ataques contra civis em áreas controladas por eles.
Imagens divulgadas pelos insurgentes mostram o uso de drones pela primeira vez na ofensiva. Veículos blindados também foram vistos nas imediações de Aleppo, enquanto os rebeldes comemoravam sua chegada à entrada oeste da cidade. Apesar disso, a eficácia dos drones no campo de batalha ainda é incerta. Fontes ligadas à oposição sugerem que a Turquia teria dado aval para os ataques, mas o governo turco nega envolvimento direto e alerta sobre o impacto na estabilidade da região.
Conflitos entre as forças rebeldes e o regime de Assad permanecem intensos, com vídeos geolocalizados confirmando a presença de insurgentes armados nas ruas de Aleppo. Enquanto isso, ataques aéreos continuam atingindo áreas controladas pelos rebeldes, causando destruição generalizada. O governo sírio ainda não se pronunciou oficialmente sobre a situação em Aleppo.
A crescente violência na região expõe os desafios de resolver o conflito na Síria, que já dura mais de uma década. A retomada de Aleppo pelos rebeldes pode alterar significativamente o equilíbrio de poder na guerra civil, desencadeando novas ondas de violência e desestabilização.
Com informações de: forte.jor