Em um movimento estratégico que agita o cenário geopolítico, os Estados Unidos impuseram um veto à Tailândia, proibindo o uso dos poderosos caças F-16 em um exercício militar conjunto com a China. A decisão, que evidencia as tensões crescentes entre Washington e Pequim, forçou a Tailândia a recorrer aos caças Gripen, em uma jogada que pode redefinir suas alianças internacionais.
Enquanto os olhos do mundo se voltam para o sudeste asiático, essa escolha pode marcar uma nova era nas relações militares globais, colocando em evidência o delicado equilíbrio de poder na região.
Tailândia recorre aos Gripen após veto dos EUA aos F-16 em treinamento com a China
Os Estados Unidos proibiram a Tailândia de usar seus caças F-16 no exercício Falcon Strike 2024 com a China. No entanto, os JAS-39 Gripen, também parte da frota tailandesa, estarão em ação ao lado dos caças chineses Chendu J-10 e Xi’an JH-7. Esse movimento reforça a mudança na postura internacional tailandesa.
A Tailândia, tradicionalmente um aliado dos Estados Unidos desde o fim da Segunda Guerra Mundial, tem reavaliado suas alianças. O país foi fundamental para as operações aéreas norte-americanas durante a Guerra do Vietnã. Mas, desde o golpe de 2014, a Tailândia vem estreitando laços com a China, sem romper completamente com os Estados Unidos.
Em 2023, por exemplo, caças F-15 norte-americanos participaram do exercício “Enduring Partners” na Tailândia. Simultaneamente, o Falcon Strike, iniciado em 2015, consolidou a presença chinesa, apesar das interrupções em 2020 e 2021 devido à pandemia de covid-19.
Confira o vídeo abaixo e conheça o caça JAS-39 Gripen usado em exercício militar pela Tailândia
China usa base aérea de Udorn, que por décadas serviu de apoio às operações dos EUA,
Agora, em 2024, os chineses estão estacionados na Base Aérea de Udorn, que por décadas serviu de apoio às operações dos EUA na região. Os chineses trazem uma força impressionante, incluindo aviões de carga Y-20 e aviões-radar Shaanxi KJ-500.
No ano passado, o destaque chinês foi o caça Shenyang J-11, baseado no Su-27 Flanker. Este ano, os olhos estão no J-10C, uma versão atualizada com radar AESA. A Tailândia continua a equilibrar suas alianças, com os Estados Unidos e China disputando o papel de maior fornecedor militar.