Na segunda-feira, 16 de dezembro de 2024, o Exército ucraniano divulgou informações detalhadas sobre um ataque bem-sucedido contra tropas norte-coreanas em solo russo. De acordo com a Ucrânia, pelo menos 30 soldados da Coreia do Norte foram mortos ou feridos em combates intensos na região de Kursk, localizada no oeste da Rússia.
As perdas ocorreram em um momento crucial, quando a Ucrânia tinha avançado em território russo, especialmente após uma incursão surpresa das forças ucranianas durante o verão. O ataque reflete a crescente participação de soldados norte-coreanos no apoio à Rússia, com consequências devastadoras para os combatentes envolvidos.
A participação dos soldados Norte-Coreanos na guerra
Milhares de soldados norte-coreanos foram enviados para reforçar as forças russas na linha de frente da Ucrânia, especialmente na região de Kursk. Estima-se que a Coreia do Norte tenha enviado pelo menos 10.000 soldados para apoiar a Rússia. Esses combatentes têm sido destacados em várias frentes, incluindo a região de Kursk, onde a Rússia tenta recuperar território perdido devido à ofensiva ucraniana.
Durante os dias 14 e 15 de dezembro, as unidades do Exército da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) sofreram pesadas baixas nas localidades de Plekhovo, Vorozhba e Martynovka, áreas próximas à cidade de Kursk.
As perdas entre os soldados norte-coreanos foram significativas, com pelo menos 30 combatentes mortos e feridos, conforme relatório da inteligência militar ucraniana. O governo ucraniano indicou que essas unidades estão sendo constantemente reabastecidas com novos recrutas enviados da Coreia do Norte, o que demonstra o compromisso crescente de Pyongyang com a guerra ao lado de Moscou. Esse apoio militar tem sido considerado fundamental para o Exército russo, que busca recuperar e estabilizar suas posições no campo de batalha.
O impacto nas perdas das Forças Norte-Coreanas e na aliança com o Exército da Rússia
A colaboração militar entre Rússia e Coreia do Norte tem se intensificado desde o início da invasão russa à Ucrânia. Em um comentário recente, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou que a Rússia tem enviado um número significativo de soldados norte-coreanos para combater as tropas ucranianas.
Zelensky ainda acrescentou que essas tropas são frequentemente integradas em unidades combinadas, com o objetivo de realizar operações militares na região de Kursk, onde a Ucrânia havia lançado uma incursão militar significativa no mês de agosto.
O governo ucraniano informou que os soldados norte-coreanos podem ser utilizados em outras partes da linha de frente, sugerindo que suas perdas já são evidentes em várias regiões. Essas baixas entre os norte-coreanos, somadas às perdas de soldados russos, refletem o alto custo da guerra, tanto para Moscou quanto para Pyongyang. As estratégias de combate russo, que incluem o uso de tropas estrangeiras, como os norte-coreanos, têm sido cada vez mais focadas em recapturar territórios e enfraquecer as posições ucranianas.
O contexto da recuperação territorial na região de Kursk
A região de Kursk, que faz fronteira com a Ucrânia, tem sido um ponto de intenso combate entre as forças ucranianas e russas. No mês passado, fontes militares ucranianas informaram que Kiev controla aproximadamente 800 quilômetros quadrados da região, um território consideravelmente menor do que os 1.400 quilômetros quadrados que haviam sido anteriormente reivindicados. Essa redução reflete a dinâmica volátil da guerra, onde o controle territorial pode mudar rapidamente à medida que as batalhas se intensificam.
Apesar dos esforços russos para recuperar áreas perdidas, incluindo o envio de soldados norte-coreanos para reforçar o Exército russo, as tropas ucranianas continuam a desafiar as forças de Moscou em várias frentes. O ataque aos soldados norte-coreanos em Kursk é apenas um exemplo das tensões em aumento entre os países envolvidos, com as forças ucranianas lutando para manter o controle do território enquanto enfrentam um número crescente de soldados estrangeiros no campo de batalha.