O Exército deu até março para receber um diagnóstico completo de ajustes necessários para os kids pretos, como é conhecida a tropa de Forças Especiais dedicada a missões de alto risco, envolvendo guerra não convencional, infiltração, guerrilha e contraterrorismo. As informações são da CNN.
Segundo a publicação, o pedido aconteceu após suposto envolvimento de 3 membros do grupo de elite na trama para matar o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes.
Atualmente, o general Mário Fernandes, o tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo e o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima estão custodiados no Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília, e são recebidos rotineiramente por seus advogados e familiares.
Ainda segundo a CNN, entre as mudanças discutidas estão evitar o ingresso de militares em começo de carreira, diminuir o escopo de atuação dos kids pretos e até mesmo reduzir o número de integrantes das Forças Especiais.
Oficiais-generais ouvidos pela reportagem admitiram que a investigação da Polícia Federal sobre a trama colocou a reformulação como prioridade, apesar de no dia 10 de dezembro o Exército ter anunciado Curso de Forças Especiais para oficiais.
Ao jornal O Globo, a Força Terrestre confirmou que criou um grupo de trabalho para reformular o grupo de Operações Especiais, do qual as Forças Especiais fazem parte, mas afirmou que se trata de uma medida já prevista pelo Planejamento Estratégico do Exército 2024-2027, não tendo, portanto, motivação específica.
“A Doutrina de Operações Especiais é dinâmica em todo o mundo e está em constante atualização. Alinhado com essa realidade, o Exército Brasileiro decidiu constituir um grupo de trabalho (GT) para identificar e propor ações voltadas ao aprimoramento da capacidade de Operações Especiais”.