A China lançou recentemente um misterioso porta-aviões com design inovador que promete agitar as dinâmicas de poder naval. Com três superestruturas distintas e características de uso dual, o novo navio sinaliza avanços estratégicos em tecnologia militar e capacidade de projeção no Mar do Sul da China e no Estreito de Taiwan.
Segundo informações do site The War Zone, o porta-aviões foi construído no estaleiro Guangzhou Shipyard International, na Ilha Longxue. Sem as marcações militares típicas, o navio apresenta identificadores de estilo comercial, levantando especulações sobre seu propósito. Imagens de satélite indicam que a construção começou em maio de 2024 e o lançamento ocorreu entre setembro e outubro deste ano.
O design peculiar, com três ilhas na lateral direita, é uma das características mais marcantes. Equipadas com sensores e sistemas variados, essas estruturas podem desempenhar múltiplas funções, como operações de voo e controle do navio. Inspirado em projetos como o HMS Queen Elizabeth, o layout oferece maior eficiência e capacidade de sobrevivência em situações de emergência, ao separar funções e sistemas de maneira estratégica.
Analistas apontam que o porta-aviões pode ser um protótipo para futuras inovações navais ou um modelo de treinamento. A rápida produção e o design incomum também sugerem que o navio pode ser usado tanto para fins civis quanto militares, como pesquisas científicas e operações com drones e helicópteros.
Além disso, o novo navio se alinha à estratégia chinesa de ampliar sua presença marítima com tecnologias avançadas. Em maio de 2024, a China lançou o primeiro porta-drones do mundo, projetado para operações aéreas não tripuladas. Com custo reduzido em relação a porta-aviões tradicionais, esses navios reforçam a capacidade militar em áreas estratégicas, como o Estreito de Taiwan.
Outra inovação recente, o drone tiltrotor UR6000, combina características de helicóptero e avião para missões de suprimento e vigilância. Apresentado em outubro de 2024, ele pode ser usado em operações militares e logísticas, reforçando ainda mais a presença chinesa em regiões contestadas.
O novo porta-aviões também pode operar aeronaves como o caça stealth J-31B, desenvolvido para missões embarcadas. Com tecnologia de última geração, o J-31B está sendo preparado para o porta-aviões Fujian, equipado com catapultas eletromagnéticas. Isso expande o alcance operacional da China e fortalece suas capacidades no Pacífico.
Embora o design de porta-aviões leves ofereça maior flexibilidade e dispersão estratégica, ele também apresenta desafios, como maior vulnerabilidade a mísseis antinavio e submarinos. Ainda assim, a combinação de tecnologias de ponta e designs multifuncionais demonstra o compromisso da China em modernizar sua frota e reforçar seu poderio militar em mares disputados.
Com informações de: asiatimes