A guerra entre Rússia e Ucrânia, que já ultrapassa dois anos e meio, continua sendo um dos conflitos mais destrutivos da história recente. Relatórios de inteligência indicam que as perdas russas atingiram números alarmantes, superando 700 mil soldados entre mortos e feridos, além de milhares de tanques e veículos destruídos. Esse cenário levanta especulações sobre o possível fim do conflito até o final de 2025 ou início de 2026.
Desde o início da invasão, em fevereiro de 2022, a Rússia perdeu mais de 3.000 tanques, incluindo modelos avançados como o T-90M. A incapacidade de repor essas perdas tem sido agravada por ataques ucranianos estratégicos contra fábricas e depósitos de armamentos. A escassez de tanques força Moscou a recorrer a modelos da era soviética, como o T-72, T-62 e até mesmo o T-55.
Além das perdas materiais, a Rússia enfrenta desafios sociais e logísticos para manter sua força de combate. Relatórios ucranianos apontam que mais de 10 mil soldados russos são mortos ou feridos mensalmente, número que supera a capacidade de recrutamento do país. Para atrair novos soldados, o Kremlin aumentou salários e ofereceu bônus, mas a falta de treinamento adequado e o descontentamento popular dificultam os esforços de alistamento.
O impacto econômico da guerra também é significativo. Desde a anexação da Crimeia em 2014, o PIB russo caiu de US$ 2,3 trilhões para US$ 1,9 trilhão em 2023. O crescimento médio de apenas 1% ao ano contrasta com os altos custos militares, limitando a capacidade de produção bélica do país e exacerbando as dificuldades internas.
Do lado ucraniano, o apoio ocidental tem sido essencial para manter a resistência. Os Estados Unidos e outros aliados da OTAN forneceram armamentos modernos, sistemas de defesa aérea e treinamento militar. Esses esforços permitiram à Ucrânia atualizar sua estratégia de combate e desenvolver tecnologias avançadas, como drones de ataque e defesa de longo alcance.
A cooperação entre o setor público e privado na Ucrânia resultou em um aumento da produção militar doméstica. Empresas ucranianas fabricam desde drones até munições, enquanto programas de defesa são financiados por aliados internacionais. Essa integração fortalece a posição do país no campo de batalha e contribui para sua resiliência econômica.
A Rússia, por outro lado, recorre a aliados como a Coreia do Norte para reforçar suas tropas. Segundo analistas, cerca de 12 mil soldados norte-coreanos já foram enviados para auxiliar na guerra. No entanto, diferenças culturais, linguísticas e de treinamento limitam a eficácia dessas forças no combate direto.
A crescente dependência da Rússia de aliados e de equipamentos ultrapassados evidencia o desgaste de suas capacidades militares. Especialistas acreditam que, se o atual ritmo de perdas for mantido, o Kremlin enfrentará dificuldades crescentes para sustentar o conflito até 2026, como sugerem relatórios de inteligência ocidentais.
A guerra se tornou uma prova de resistência, envolvendo não apenas batalhas no campo militar, mas também disputas econômicas e diplomáticas. Enquanto a Ucrânia avança com modernização e inovação, a Rússia luta para manter sua posição em um cenário internacional cada vez mais adverso.
O desfecho da guerra ainda é incerto, mas os números mostram um cenário crítico para a Rússia. Caso o conflito persista, as dificuldades enfrentadas pelo Kremlin podem levar a um ponto de inflexão que determine o fim das hostilidades nos próximos anos.
Com informações de: Oracle Vision