O governo dos Estados Unidos autorizou, na sexta-feira, a venda de mais de US$ 5 bilhões, (R$ 30,2 bilhões na cotação atual) em equipamentos militares ao Egito, consolidando a parceria estratégica entre os dois países em meio às negociações relacionadas à crise de Gaza, apesar de preocupações sobre direitos humanos. Apesar de o Congresso dos EUA poder bloquear as vendas, essas tentativas raramente têm sucesso, destacando a relevância das vendas militares na estratégia de política externa e segurança nacional do país.
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Equipamentos militares e valores envolvidos
O Departamento de Estado notificou o Congresso sobre a aprovação de US$ 4,69 bilhões em equipamentos para 555 tanques M1A1 Abrams de fabricação americana, operados pelo Egito. A venda inclui US$ 630 milhões em 2.183 mísseis ar-superfície Hellfire e US$ 30 milhões em munições guiadas de precisão.
De acordo com o comunicado oficial, a venda “apoiará a política externa e a segurança nacional dos EUA, ajudando a melhorar a segurança de um importante país aliado não pertencente à OTAN que continua a ser um importante parceiro estratégico no Oriente Médio”.
EUA reforçam parceria com o Egito apesar de controvérsias sobre direitos humanos e guerra em Gaza
O presidente Joe Biden, desde que assumiu o cargo em 2021, prometeu uma postura mais rigorosa em relação às questões de direitos humanos sob o governo de Abdel Fattah al-Sisi. Entretanto, o governo dos EUA tem continuado a fechar importantes acordos de armas com o Egito, ressaltando o papel do Cairo como aliado estratégico na região. Desde o tratado de paz com Israel, em 1979, o Egito é um dos maiores beneficários de ajuda de segurança dos EUA.
O Egito reforçou sua colaboração com os Estados Unidos durante a guerra em Gaza, desempenhando um papel de mediação essencial. Apesar de críticas internacionais, o país libertou centenas de presos políticos nos últimos dois anos. No entanto, grupos de direitos humanos apontam que, durante o mesmo período, o número de pessoas presas foi três vezes maior.
Outras autorizações de venda
Além do Egito, o Departamento de Estado dos EUA também autorizou:
US$ 295 milhões para Taiwan em equipamentos militares;
US$ 170 milhões para o Marrocos em bombas e mísseis;
US$ 130 milhões para a Grécia, incluindo sistemas de aeronaves não tripuladas e veículos blindados.
As autorizações para Taiwan ocorrem após governo dos EUA, Joe Biden anunciar US$ 571,3 milhões em nova ajuda militar à ilha, que é reivindicada pela China como parte de seu território. Pequim prometeu retomar a ilha à força, se necessário.