A Coreia do Sul está reforçando sua postura militar diante das crescentes ameaças da Coreia do Norte. O Exército sul-coreano, em parceria com a Marinha e a Força Aérea, realizará um exercício conjunto de defesa aérea focado em simulações de ataques de drones vindos do Norte. Esses exercícios fazem parte dos esforços contínuos de Seul para garantir a soberania e a segurança nacional.
Treinamento militar para combater ameaças aéreas
O treinamento, que faz parte do cronograma trimestral de defesa aérea, tem como objetivo testar a capacidade do Exército sul-coreano de reagir rapidamente a incursões de drones norte-coreanos. Segundo o Conjunto Estado-Maior, o exercício simulará ataques coordenados de drones contra as costas leste e oeste do país.
A ideia é mobilizar unidades terrestres, navais e aéreas para detectar, identificar e interceptar possíveis drones inimigos. O Comando de Operações Terrestres do Exército liderará os esforços, contando com suporte crucial da Marinha e da Força Aérea. Este tipo de integração militar é fundamental para enfrentar a crescente ameaça de sistemas não tripulados usados pela Coreia do Norte.
Lições de incidentes passados
A intensificação dos treinamentos aumentou após um incidente alarmante em 2022, quando cinco drones norte-coreanos violaram o espaço aéreo sul-coreano sem serem interceptados. Um desses drones chegou a sobrevoar uma área de exclusão aérea que inclui o complexo presidencial, expondo falhas graves na capacidade de resposta do Exército sul-coreano.
Desde então, a Coreia do Sul tem investido pesadamente na modernização de sua defesa aérea. O estabelecimento do Comando de Operações de Drones foi uma resposta direta a essas falhas. A administração do Programa de Aquisição de Defesa anunciou a implantação de armas a laser destinadas a abater drones que penetram no espaço aéreo do país.
A expansão militar da Coreia do Norte
Enquanto a Coreia do Sul aprimora suas defesas, a Coreia do Norte continua a expandir sua frota de drones militares. Recentemente, o líder norte-coreano Kim Jong Un tentou a produção em massa de drones de ataque específicos para atingir alvos terrestres e navais.
Em agosto, Kim supervisionou o teste de um novo drone kamikaze, com características semelhantes ao Lancet-3 da Rússia e aos drones suicidas HERO-30 e HAROP de Israel. Essa evolução na tecnologia norte-coreana aumenta a pressão sobre o Exército sul-coreano, exigindo avanços constantes na detecção e neutralização dessas ameaças.