Os EUA dobraram sua presença militar na Síria, mobilizando 2 mil soldados antes do colapso do regime de Bashar al-Assad. A informação foi confirmada pelo general Pat Ryder, porta-voz do Pentágono, em uma coletiva de imprensa na última quinta-feira (19/12). Essa movimentação estratégica, revelada pelo governo americano, foi além do combate ao Estado Islâmico (Isis), incluindo a proteção de campos de petróleo e interesses no Oriente Médio.
De acordo com o general, cerca de 2 mil soldados americanos estavam na Síria antes da queda de Assad, em uma operação focada em eliminar os remanescentes do Estado Islâmico (Isis). Anteriormente, estimava-se que apenas 900 militares permaneciam no país, número que refletia a estratégia inicial dos EUA após a derrota territorial do grupo jihadista.
EUA lideram coalizão contra o Estado Islâmico na Síria e Iraque
O Estado Islâmico ganhou notoriedade mundial no início da década de 2010, aproveitando o caos da guerra civil síria para expandir seu domínio. Durante esse período, o grupo chegou a controlar vastas áreas na Síria e no Iraque, impondo um regime de terror que alarmou a comunidade internacional.
A resposta veio em 2019, quando uma coalizão internacional liderada pelos EUA conseguiu expulsar o Isis de seu último reduto na Síria. A vitória representou um marco na luta contra o extremismo jihadista, mas não eliminou completamente a ameaça. Mesmo enfraquecido, o grupo continuou a realizar ataques isolados no território sírio, aproveitando a fragilidade das condições locais para manter sua presença.
EUA reforçam presença militar para proteger petróleo e estabilizar a região
Após as vitórias contra o Isis, os EUA reduziram consideravelmente o número de tropas na Síria. Contudo, cerca de 900 soldados permaneceram estrategicamente posicionados, especialmente em áreas próximas a campos de gás e petróleo. O general Pat Ryder, porta-voz do Pentágono, destacou que essa decisão reflete uma combinação de interesses estratégicos e econômicos, enquanto busca impedir que grupos extremistas voltem a se fortalecer na região.
O colapso do regime de Assad também ampliou os desafios de segurança, evidenciando ainda mais a importância da presença militar americana. Além de combater diretamente o Isis, as forças americanas, sob a coordenação de líderes como o general Ryder, atuam como um elemento de estabilização, protegendo aliados e recursos energéticos cruciais.
A expansão do Isis e a estratégia americana no Oriente Médio e na África
Embora o Isis tenha perdido território no Oriente Médio, o grupo transferiu parte de suas operações para a África, com foco em regiões instáveis como o Sahel. Mesmo sem controle territorial, suas atividades continuam representando uma ameaça global, atraindo atenção de diversas potências internacionais.
A estratégia dos Estados Unidos na Síria reflete a importância do país na segurança internacional e na geopolítica do Oriente Médio, com efeitos que vão além das fronteiras da região.