O Exército Brasileiro inaugurou nesta segunda-feira, 16 de dezembro, em Barueri (SP), a 1ª Companhia Anticarro Mecanizada (1ª Cia AC Mec), uma unidade que simboliza um avanço estratégico significativo para a defesa nacional. Projetada para ser um modelo de mobilidade e prontidão, a companhia pode ser rapidamente deslocada por aeronaves para qualquer parte do país, fortalecendo a capacidade de resposta das Forças Armadas.
A subunidade será equipada com os mísseis Spike LR2 e Max 1.2 AC. O Spike LR2 permite controle manual ou com IA para ajustar o voo até o alvo, mesmo sem linha de visada, com alcance de 5.500 metros. Pode ser disparado do solo ou de veículos blindados, como os Guaicurus. O Max 1.2 AC, desenvolvido pela SIATT e o Centro Tecnológico do Exército, é um produto nacional com alcance de até 2.000 metros, em constante evolução para maior alcance e capacidade fire and forget.
O General Santiago Budó, da 11ª Brigada de Infantaria Mecanizada, ressaltou que os militares pioneiros da Companhia Anticarro Mecanizada foram escolhidos por sua aptidão para cumprir a missão, incorporando nova capacidade operacional. “É uma iniciativa que materializa o esforço contínuo do Exército em aprimorar sua capacidade operacional para cumprir sua missão constitucional”.
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Exército investindo em capacitação tecnológica e defesa com mísseis avançados impulsiona segurança e eficiência nacional
Inicialmente, a companhia contará com dois pelotões equipados com o Spike LR2, cada um com quatro lançadores. A expectativa é que, em breve, outros dois pelotões sejam equipados com o Max 1.2 AC. A Organização Militar será composta por cerca de 150 militares profissionais, sem conscritos (militares recém-incorporados na Força), garantindo um preparo especializado e contínuo.
O Centro de Instrução de Blindados (CIBld) desempenha um papel crucial na capacitação das tropas, utilizando simuladores avançados para treinar os operadores dos novos sistemas de mísseis. Os primeiros tiros reais com os novos armamentos foram realizados pelos oficiais, sargentos, cabos e soldados do quadro técnico da 1ª Cia AC Mec, no Campo de Instrução Barão de São Borja, no Rio Grande do Sul, demonstrando a eficácia do treinamento oferecido.
A 1ª Cia AC Mec não só aprimora a capacidade defensiva do Brasil, mas também se alinha com a transformação da 11ª Brigada de Infantaria Mecanizada em uma Força de Emprego Estratégico, conforme definido no Plano Estratégico do Exército 2024-2027. Esta estratégia visa não apenas a defesa do território nacional, mas também a dissuasão de ameaças potenciais, em um contexto global cada vez mais incerto.
A produção do Max 1.2 AC pela SIATT, em parceria com a Marinha do Brasil, destaca o compromisso do Exército com o fortalecimento da Base Industrial de Defesa. Este desenvolvimento não só gera empregos diretos e indiretos, mas também promove a retenção de talentos altamente qualificados no país, fortalecendo a cadeia produtiva nacional.
A inauguração da 1ª Cia AC Mec marca a modernização do Exército Brasileiro. A unidade serve como modelo para futuras companhias anticarro no Brasil, integrando mísseis Spike LR2 e Max 1.2 AC. Localizada estrategicamente em Barueri, assegura mobilidade e prontidão para responder a ameaças em qualquer região, reforçando a defesa nacional e a segurança do povo brasileiro.