Com a principal função de aprimorar as operações, a Força Aérea Brasileira (FAB) anuncia um investimento de R$ 6,5 milhões em Inteligência Artificial (IA). Com a capacidade de processar um grande número de dados, o objetivo do projeto é otimizar a gestão de missões. A iniciativa foi aprovada pelo Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER) em novembro de 2024 e será financiada pelo Plano de Investimentos de Royalties do COMAER, destacando os principais objetivos da implementação.
O uso de IA na FAB, além de atuar diretamente na tomada de decisões mais rápidas e precisas, também será crucial para aprimorar a segurança. A IA permitirá detectar e reagir diretamente às ameaças, garantindo maior proteção às bases aéreas. O projeto também visa otimizar a logística, facilitando o planejamento de rotas e recursos, além de melhorar a eficiência nas operações.
O aumento da eficiência operacional será possível graças à automação de tarefas repetitivas, o que reduzirá a sobrecarga de trabalho humano e oferecerá imagens automatizadas e precisas. Isso não só aumentará a eficiência nas operações, mas também proporcionará decisões mais ágeis.
Autonomia e soberania
O investimento também permitirá a simulação de combates, o que, além de aprimorar o preparo das tropas, economiza recursos, evitando o uso de combustíveis e a emissão de carbono.A IA, portanto, permitirá treinamentos não apenas mais seguros, mas também mais econômicos.Além disso, a IA atuará na prevenção de falhas e no aprimoramento da eficiência das aeronaves, o que ajudará a reduzir, de forma significativa, os custos com manutenção.
O investimento de R$ 6.594.771,20 garante à FAB soberania e autonomia, pois permite maior controle sobre os dados, além de proporcionar mais segurança e inovação para as operações. A execução do projeto será feita localmente, com a infraestrutura computacional instalada nas dependências da Força Aérea, no Núcleo Corporativo de TI, no DCTA.
Parcerias importantes da FAB
O projeto de implementação do laboratório de Inteligência Artificial contará com a parceria do CCA-SJ (Centro de Computação da Aeronáutica de São José dos Campos), com foco no desenvolvimento de cyberdefesa, e também com o Instituto de Logística da Aeronáutica (ILA), responsável pelo avanço da logística por meio da IA.
O foco inicial será a otimização dos sistemas SILOMS e SIGADAER: SILOMS (Sistema Integrado de Logística de Material e de Serviços), com a IA, o sistema irá melhorar a eficiência na gestão de materiais, otimizando o planejamento de rotas e a distribuição de materiais de forma mais estratégica.
Já o SIGADAER (Sistema de Gestão Administrativa da Aeronáutica), responsável pela gestão administrativa da FAB, será aprimorado pela IA para agilizar processos internos, reduzir erros humanos e automatizar tarefas repetitivas.
EUA e ações tecnológicas
Enquanto isso, o Exército dos EUA também está inovando com equipamentos de guerra eletrônica. O TLS BCT (Terrestrial Layer System-Brigade Combat Team Manpack) é um dispositivo que identifica sinais dos adversários no espectro eletromagnético.
Esse equipamento ajuda a localizar adversários e prevenir ataques ao capturar sinais de rádio, identificar a localização dos sinais, detectar ataques eletrônicos e visualizar como as forças inimigas estão se comportando no espectro invisível.
Os testes do TLS BCT serão realizados ao longo dos próximos três anos, para que ajustes possam ser feitos conforme necessário.
O equipamento está sendo utilizado em exercícios de treinamento, e as brigadas que estão testando o sistema incluem: 2ª Brigada Leve de Combate, 25ª Divisão de Infantaria, no Havaí; 2ª Brigada, 10ª Divisão de Montanha, em Nova York; 2ª Brigada, 101ª Divisão Aerotransportada, no Kentucky. O objetivo é expandir a adoção do equipamento e levar a tecnologia adiante, com outras brigadas também sendo treinadas para usar o TLS BCT em futuras missões.