Enquanto a Suécia se prepara para enviar seus caças Gripen para fortalecer as forças Aérea da Ucrânia, o chefe de defesa da Holanda, general Onno Eichelsheim, diminuiu as expectativas sobre a transferência dos caças suecos. Em suas declarações, Eichelsheim afirmou que tal movimento “não faz sentido”, pelo menos por enquanto. Essa postura levanta questões sobre a estratégia de apoio à Ucrânia no contexto da guerra.
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“A longo prazo, sim, mas acho que temos que evitar dar muitos sistemas para forças armada da Ucrânia, porque eles têm escassez de pilotos”, disse Eichelsheim. Essa afirmação destaca a necessidade de balancear o fornecimento de aeronaves militar com a capacidade de treinamento dos pilotos ucranianos. “Em algum lugar no equilíbrio, você tem que olhar quais capacidades são necessárias neste momento”, enfatizou o general.
EUA recusam pedidos de sistemas avançados dos caças gripen consequências para a Ucrânia
Em julho, a Holanda, a Dinamarca e os EUA anunciaram planos para doar caças gripen de seus estoques à força aérea da Ucrânia. Os EUA, no entanto, recusaram os pedidos para fornecer sistemas americanos atuais, embora tenham permitido que outras nações transfiram seus jatos fabricados nos EUA. Portanto, o foco na retirada e modernização dos F-16s é crucial nesse cenário.
Eichelsheim, falando durante o Fórum Internacional de Segurança de Halifax no último fim de semana, argumentou que introduzir “caças gripen franceses e suecos… não faz sentido para mim.” O presidente francês Emmanuel Macron afirmou que Paris planeja enviar alguns de seus Mirages para a Ucrânia, aumentando assim a complexidade do cenário.
A importância de capacidades integradas para a Força Aérea da Ucrânia
O general destacou a importância de “focar” nas capacidades que os ucranianos já possuem. “Prepare-os nessas aeronaves e forneça a eles as armas, o dinheiro, a logística, as peças que estão disponíveis ao redor do mundo para colocar essas aeronaves em funcionamento continuamente”, recomendou. Essa abordagem visa maximizar a eficiência do apoio militar com recursos já integrados.
Esses comentários aclararam as afirmações do ministro da Defesa sueco, Pal Jonson, que indicou que Estocolmo estava pronta para doar Gripens, mas foi aconselhada a não fazê-lo. “A doação dos Gripens não está em nossas mãos”, afirmou Jonson, sugerindo que a coalizão internacional, formada principalmente por Dinamarca, Holanda e Estados Unidos, preferia garantir que a Ucrânia estivesse confortável com os F-16 antes de introduzir novas tecnologias.
As entregas de aeronaves de quarta geração, que começaram em julho, representam um aumento significativo na capacidade militar da Ucrânia. A Ucrânia, até agora, dependeu principalmente de caças MiG-29 e Su-27 da era soviética para enfrentar a invasão russa. Contudo, especialistas alertam que essas novas adições não serão uma solução mágica para o conflito.
Eichelsheim elogia habilidade das Forças Armadas ucranianas
Eichelsheim comentou sobre a habilidade das forças armadas de Kiev em utilizar suas aeronaves. “Eles têm sido bem-sucedidos e, na verdade, são eficazes em manter essas aeronaves operacionais neste momento.” No entanto, ele observou que a manutenção exige um fluxo constante de peças de reposição. “Temos que trabalhar no elemento de peças de reposição junto com as nações para fornecer a elas a quantidade certa para manter as aeronaves funcionando,” destacou.
A Reuters relatou que a Casa Branca havia levantado uma proibição de fato quanto à atuação de contratados americanos na Ucrânia, o que poderia facilitar a complexidade da manutenção dos F-16. Nesse momento, Eichelsheim também mencionou que os pilotos ucranianos “se saem muito bem” com o F-16, “talvez até melhor do que esperávamos.”
“Eles aprendem muito rápido como operar a aeronave militar e como usar os novos sistemas de armas que estão recebendo,” acrescentou Eichelsheim. Essas observações ressaltam a adaptabilidade dos pilotos ucranianos e o potencial de sucesso do apoio da força aérea fornecido pelas nações ocidentais.