No último mês, a força aérea dos Estados Unidos conduziu o primeiro teste de lançamento do novo míssil Stand-in Attack Weapon (SiAW), marcando um passo significativo no programa de desenvolvimento da arma. O teste ocorreu em 7 de novembro de 2024, quando um caça F-16C do 40º Esquadrão de Testes de Voo lançou um míssil inerte sobre o Golfo do México, verificando a separação segura entre a aeronave e o armamento.
O míssil usado no teste era tecnicamente um veículo de ejeção, sem motor ou componentes eletrônicos ativos, desenvolvido exclusivamente para avaliar a segurança de separação do armamento. Segundo o comunicado oficial da força aérea, equipes do 96º Grupo de Testes colaboraram para planejar, monitorar e executar a missão, utilizando o Centro de Controle Central de Eglin como base operacional.
Esse teste ocorreu antes mesmo do anúncio oficial de entrega do primeiro míssil de teste pela Northrop Grumman, feito em 18 de novembro. A fabricante descreveu o evento como um marco inicial para validar que os caças F-16 podem transportar e lançar o míssil de forma segura, antes de avançar para fases mais complexas de testes.
O SiAW é um armamento de última geração projetado para enfrentar ameaças móveis e difíceis de localizar, como lançadores de mísseis de cruzeiro e antinavio, além de sistemas de interferência de sinal. Apesar de sua semelhança externa com o míssil AARGM-ER da marinha dos EUA, o SiAW foi criado para atingir uma gama mais ampla de alvos dentro de ambientes de negação de área/antiacesso (A2/AD).
O programa SiAW faz parte de um contrato de US$ 705 milhões concedido à Northrop Grumman em 2023, prevendo desenvolvimento, integração nas plataformas e testes de voo. A arma será inicialmente usada pelo F-35A Lightning II, com possibilidade de implementação futura no bombardeiro furtivo B-21 Raider. A capacidade operacional inicial é esperada para 2026, com produção de até 3.000 unidades até 2030.
O desenvolvimento do SiAW segue os princípios de engenharia digital e arquitetura aberta, permitindo maior agilidade e integração com outras tecnologias. O míssil está sendo projetado para ser mais rápido e com maior alcance que as opções atuais, incorporando múltiplos sensores, GPS de alta resolução e interfaces modernas.
Durante o teste em novembro, equipes especializadas capturaram imagens aéreas e realizaram análises pós-voo para garantir a eficácia do lançamento. “A execução bem-sucedida deste teste foi um reflexo do excelente trabalho em equipe de todos os envolvidos”, afirmou o major James Tipton, diretor assistente de operações do 780º Esquadrão de Testes.
Além de sua capacidade de enfrentar alvos emergentes, o SiAW reforça a estratégia militar dos EUA de modernizar seus arsenais para cenários de combate contemporâneos. Com sua entrega prevista nos próximos anos, o míssil promete desempenhar um papel crucial na manutenção da superioridade tecnológica e operacional das forças armadas americanas.
Com informações de: theaviationist