Drones misteriosos estão invadindo os céus de bases militares estratégicas da Inglaterra, usadas pela Força Aérea dos EUA, em um momento de alta tensão global. Seriam atos de espionagem, intimidação ou algo mais? Enquanto as autoridades correm para identificar os responsáveis, o cenário se agrava com o pano de fundo explosivo do conflito Rússia-Ucrânia, onde avanços tecnológicos e ameaças de retaliação elevam o clima de incerteza.
Segundo o comunicado da Força Aérea dos EUA na Europa, o número de drones detectados varia em tamanho e configuração. Medidas de mitigação já estão em andamento, embora os detalhes dessas ações não tenham sido divulgados. “As unidades continuam monitorando o espaço aéreo e colaboram com as autoridades locais e parceiros de missão para garantir a segurança das instalações e do pessoal”, afirma o comunicado oficial.
Bases estratégicas da Força Aérea dos EUA garantem operações na Europa
Cada uma das bases envolvidas desempenha um papel estratégico crucial nas operações militares dos EUA. A RAF Lakenheath, por exemplo, abriga a 48ª Ala de Caça, descrita como fundamental para a capacidade de combate da Força Aérea na Europa.
A RAF Mildenhall sedia a 100ª Ala de Reabastecimento Aéreo, que é vital para missões de abastecimento em voo, enquanto a RAF Feltwell serve como centro de moradia e serviços para militares e suas famílias. Já a RAF Fairford é a sede do 501º Quartel-General de Apoio ao Combate e do 420º Esquadrão de Base Aérea, ambos essenciais para a logística e operações no continente europeu.
Força Aérea em alerta com a escalada do conflito entre Ucrânia e Rússia
Apesar dos incidentes, a Força Aérea confirmou que nenhuma estrutura, ativo ou residente foi afetada até o momento. “Estamos adotando todas as medidas necessárias para proteger essas instalações e seus moradores”, destacou o comunicado.
Embora não esteja claro se os drones têm intenção hostil, o momento dos incidentes chama a atenção. Eles ocorrem em meio a uma escalada significativa no conflito entre Rússia e Ucrânia. Recentemente, a Ucrânia utilizou mísseis de alcance intermediário fornecidos pelos Estados Unidos e pelo Reino Unido para atacar alvos dentro da Rússia, com autorização direta do presidente norte-americano Joe Biden.
Tensão global aumenta com ameaças de retaliação
O presidente russo Vladimir Putin declarou que a Rússia se reserva o direito de retaliar contra países que permitirem o uso de suas armas para atacar o território russo. Essa situação aumenta a tensão global, especialmente em um cenário onde tecnologias como drones se tornam ferramentas estratégicas, tanto em combate quanto em possíveis atos de espionagem ou intimidação.