Na última segunda-feira, 25 de novembro, dois caças da Rússia Su-27 Flanker da força aérea interceptaram um par de B-52H Stratofortresses no espaço aéreo próximo ao Mar Báltico. A confirmação veio de um oficial de defesa dos Estados Unidos em uma declaração na quarta-feira, 27 de novembro. Os B-52s realizavam um voo de treinamento quando os caças russos realizaram a interceptação nas proximidades de Kaliningrado.
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Felizmente, o oficial de defesa afirmou que a interceptação ocorreu de forma segura e profissional, permitindo que os B-52s continuassem com seu voo planejado, de acordo com reportagens da Reuters. Os B-52s, parte de uma missão de força-tarefa de bombardeiros, foram despachados para a Europa no início de novembro.
Durante o voo de segunda-feira, os bombardeiros realizaram seu primeiro lançamento simulado de armas sobre a Finlândia, colaborando com os F/A-18C Hornets da Força Aérea da Finlândia e os JAS39 Gripens da Suécia. Os bombardeiros pertencem ao 20º Esquadrão Expedicionário de Bombardeio e decolaram da Base da RAF de Fairford, na Inglaterra.
General Hecker destaca a importância das Forças Aéreas dos EUA na europa
A Força Aérea dos EUA destacou que a missão de treinamento demonstrou o crescente papel da Finlândia na OTAN, bloco ao qual se uniu no ano passado. Durante a operação, batizada de Exercício Apex Jet, as forças dos EUA aprenderam com seus aliados finlandeses, praticando operações em conjunto e fortalecendo sua colaboração.
O General James Hecker, comandante das Forças Aéreas dos EUA na Europa e África, enfatizou: “Esta missão da força-tarefa de bombardeiros exemplifica nosso compromisso inabalável com nossos aliados e parceiros europeus. Juntos, construímos relacionamentos mais fortes e estratégicos, que reforçam a segurança e a estabilidade em toda a região.”
Interação entre bombardeiros dos EUA e caças russos em meio à crise ucraniana
Essa interação entre os bombardeiros dos EUA e os caças russos ocorre em um contexto de crescente tensão nas relações entre os Estados Unidos e a Rússia, especialmente devido à guerra na Ucrânia. O governo Biden tem acelerado a ajuda do exército à Ucrânia, incluindo minas terrestres, antes da posse do presidente eleito Donald Trump em janeiro. Além disso, a administração autorizou o uso de Sistemas de Mísseis Táticos do Exército (ATACMS) em alvos no espaço aéreo dentro do território russo.
Adicionalmente, no dia 21 de novembro, o exército da Rússia testou um míssil balístico experimental de alcance intermediário na cidade de Dnipro, na Ucrânia. Reportagens da Reuters, citando fontes do governo ucraniano, indicaram que o míssil continha ogivas sem explosivos, acarretando ainda mais preocupações na já tensa relação entre os dois países.