Nesta quinta-feira, 12 de dezembro, foi divulgado o resultado de uma pesquisa que aponta a vitória de Lula em diversos cenários eleitorais, levando em consideração os adversários simulados. A pesquisa mostra que mais de 50% dos entrevistados votariam no atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Os entrevistados foram abordados entre os dias 4 e 9 de dezembro.
No total, 8.598 pessoas foram entrevistadas face a face por meio de questionários estruturados. A pesquisa também revela a variação da aprovação do governo Lula ao longo do tempo, desde fevereiro de 2023 até dezembro de 2024. Inicialmente, 56% das pessoas aprovavam a atuação do presidente, enquanto atualmente, 52% aprovam, e a desaprovação cresceu de 28% para 47%.
Aprovação regional
A pesquisa também analisou a aprovação do governo por regiões do Brasil. A desaprovação aumentou em todas as regiões do país. Na Região Sudeste, 44% das pessoas aprovam o governo, enquanto no Sul, a aprovação é de 46%. No Centro-Oeste e Norte, o índice é de 48%, e na Região Nordeste, apesar de uma queda, ainda há uma aprovação superior a 60%.
Quanto à aprovação por sexo, as mulheres aprovam mais o governo Lula do que os homens. Atualmente, 54% das mulheres aprovam, enquanto apenas 49% dos homens fazem o mesmo. Houve uma redução de 4% na aprovação entre as mulheres e de 5% entre os homens.
Em relação à escolaridade, mais de 40% das pessoas com nível superior aprovam o governo Lula, em comparação com 50% entre pessoas com nível médio e 60% entre aqueles com nível fundamental.
Aprovação por faixa de renda e religião
O governo Lula tem maior aceitação entre a população de baixa renda. 63% das pessoas com renda de até 2 salários mínimos aprovam, enquanto apenas 39% das pessoas que recebem mais de 5 salários mínimos têm a mesma opinião. Quanto à religião, Lula é mais popular entre pessoas católicas (56%) do que entre evangélicas (42%). Ele também é mais aceito entre pessoas autodeclaradas pretas e pardas.
Intenções de voto para 2026
Em comparação com os adversários, o presidente Lula lidera com ampla vantagem. Veja a tabela de intenções de voto:
- Contra Ronaldo Caiado:
Lula: 54%
Ronaldo Caiado: 20%
Diferença: 34% - Contra Jair Bolsonaro:
Lula: 51%
Jair Bolsonaro: 35%
Diferença: 16% - Contra Tarcísio de Freitas:
Lula: 52%
Tarcísio de Freitas: 26%
Diferença: 26% - Contra Pablo Marçal:
Lula: 52%
Pablo Marçal: 27%
Diferença: 25%
Embora Lula ainda não tenha confirmado sua candidatura para 2026, a situação política para seus oponentes ainda é incerta. Apenas Ronaldo Caiado anunciou oficialmente sua pré-candidatura. Tarcísio de Freitas declarou que sua prioridade é continuar o foco em São Paulo. Pablo Marçal demonstrou interesse, mas enfrenta processos que podem impedir sua candidatura. Já Jair Bolsonaro está inelegível até 2030.
Aprovação do governo Lula
Sobre a direção do governo, a diferença de opinião é de 3 pontos percentuais. 46% das pessoas discordam do rumo do governo, enquanto 43% concordam. Os estados da Bahia e Pernambuco apresentam quase 60% de aprovação, enquanto em São Paulo apenas 33% das pessoas aprovam o rumo do atual governo.
Principais acertos e erros
Os principais acertos mencionados pelo governo foram o Bolsa Família e a melhora na economia, seguidos por educação e políticas habitacionais, como o Minha Casa Minha Vida. Por outro lado, os erros mais citados foram a reforma tributária, a relação com o Congresso e a dívida pública. 40% dos entrevistados acreditam que a economia do Brasil piorou significativamente, enquanto 27% afirmam que houve melhora econômica.
Quase 80% das pessoas desaprovam os preços nos mercados, destacando o aumento nos últimos meses, com preços mais altos em água, luz e combustíveis. Em relação ao emprego, 43% acreditam que está mais fácil conseguir trabalho, enquanto 45% discordam dessa opinião.
Pacote de corte de gastos de Haddad
Sobre o pacote de corte de gastos, 62% das pessoas declararam desconhecer as medidas até o momento da entrevista. O desconhecimento é maior entre mulheres e pessoas na faixa etária de 16 a 34 anos, além de ser mais comum entre pessoas de baixa renda (até 2 salários mínimos). Quanto à compreensão das medidas que serão tomadas por Haddad, 83% afirmam entender as ações, enquanto 16% não as compreendem. No entanto, quase 70% acreditam que a ação será ineficaz e não melhorará as contas do governo.
Confira pesquisa completa aqui