Os militares terão 7 anos, a partir de 2025, para se adequarem à nova regra da idade mínima de 55 anos para irem para a reserva remunerada.
A decisão foi tomada em reunião realizada neste sábado, 30 de novembro, entre o presidente Lula, o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e os 3 Comandantes das Forças Armadas. As informações são da colunista de política da CNN, Jussara Soares.
Ainda de acordo com a CNN, até 2032 todos que estão próximos de passar para a reserva terão que pagar um pedágio de 9% sobre o período que falta para completar o tempo de serviço. Na prática isso significa trabalhar um pouco mais antes de deixar a ativa.
Atualmente, não existe uma idade mínima para militares irem para a reserva. A carreira é regida pelo tempo mínimo de serviço, fixado em 35 anos de trabalho. A mudança integra o pacote de corte de gastos apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Apesar de ser certa a mudança, os comandantes não perderam a oportunidade e explicaram ao presidente Lula, na reunião, o impacto da adoção da idade mínima para a carreira militar.
Conforme o Sociedade Militar já repercutiu anteriormente, ao ser estabelecida idade mínima o fluxo da carreira nas Forças Armadas é afetado, uma vez que o sistema de promoção prevê média de tempo em que o praça ou oficial fica em cada posto.
Com o aumento do tempo de serviço, existe o risco de quebra da pirâmide da carreira, com o acúmulo de coroneis e subtenentes (últimos postos de oficiais e praças) e redução de militares em cargos menores.
Além disso, a atratividade da carreira tende a ser prejudicada, já que o aumento do tempo de permanência em postos vai levar os militares a demorarem mais para ter aumento de salário e se aposentar.
Os generais também devem ser afetados. Hoje, quando não promovidos, eles passam automaticamente para a reserva, o que pelas regras atuais pode acontecer com militares abaixo de 55 anos.