A Marinha Australiana alcançou um marco significativo ao testar o primeiro lançador de míssil Naval Strike Missile (NSM) fabricado no país. O teste foi realizado pela Kongsberg, utilizando um Blast Test Vehicle (BTV), equipado com um motor-foguete de reforço do NSM e um míssil simulado. A demonstração ocorreu na Unidade Experimental de Provas Conjuntas do Commonwealth, localizada em Port Wakefield, no sul da Austrália.
Segundo John Fry, diretor-gerente da Kongsberg Defense Australia, o teste representa um “marco crucial na entrega da capacidade do NSM para a Marinha Australiana”.
Componentes fabricados localmente destinadosà Marinha Australiana
O teste também simboliza o avanço da cadeia de abastecimento militar doméstico, destacando o fortalecimento da capacidade de produção local para a defesa do país. John Fry afirmou que o evento possibilita o início da produção em larga escala de lançadores de mísseis NSM feitos na Austrália, destinados à Marinha Australiana.
Os componentes do lançador foram produzidos por empresas australianas de pequeno e médio porte. A Aerobond Defense, localizada em Adelaide, fabricou o canister, enquanto a Marand Precision Engineering, em Melbourne, apresentou o quadro e o trilho. Outras partes foram desenvolvidas pela Australian Precision Technologies e pela QPE Advanced Machining, reforçando a contribuição das empresas nacionais para as Forças Armadas Australianas.
Expansão na produção de armas guiadas
A Austrália está investindo fortemente no fortalecimento de sua capacidade local de produção militar, especialmente em armamentos guiados e munições explosivas (GWEO). Em 2023, o governo destinou 4,1 bilhões de dólares australianos (cerca de 2,6 bilhões de dólares americanos) para acelerar o programa GWEO.
Dois anos antes, o país havia lançado o Projeto SEA 1300 Fase 1, com um investimento de 1 bilhão de dólares australianos (aproximadamente 6,4 milhões de dólares americanos), voltado para aprimoramento das capacidades de armas guiadas da Marinha Australiana.
Com esses avanços, o país não apenas reforça sua soberania em defesa, mas também fortalece sua posição estratégica no cenário militar global.