A Operação “Poseidon 2024” marca um importante passo na colaboração entre a Marinha do Brasil (MB) e a Força Aérea Brasileira (FAB). Durante quatro dias de intensos exercícios em alto-mar, realizados entre o Rio de Janeiro e Cabo Frio (RJ), seis pilotos da FAB participaram de um rigoroso treinamento de pouso embarcado no Navio Doca Multipropósito “Bahia” (G40). Esse avanço do Ministério da Defesa na interoperabilidade das Forças Armadas reforça a capacidade de defesa nacional e destaca a importância de missões conjuntas.
Ao todo, mais de 60 pousos e decolagens foram realizados por helicópteros UH-15 Super Cougar (MB) e H-36 Caracal (FAB), totalizando 20 horas de voo. Essa operação não apenas qualificou e requalificou pilotos, mas demonstrou o alto nível de coordenação entre as Forças, como enfatizou o Contra-Almirante Jorge José de Moraes Rulff, Comandante da 2ª Divisão da Esquadra. Segundo ele, a coordenação conduzida pelo Ministério da Defesa fortalece a capacidade operacional conjunta e contribui para a proteção da soberania brasileira.
Importância em cenários reais da Marinha do Brasil
Em situações de emergência, como resgates após naufrágios ou acidentes aéreos, as habilidades adquiridas neste treinamento podem salvar vidas. O Navio Doca Multipropósito Bahia, com o maior complexo médico da Esquadra Brasileira, seria essencial. A bordo, a aeronave Caracal transportaria vítimas e poderia operar como UTI aérea, com capacidade para até duas pessoas em estado grave, além de abrigar 31 passageiros e 11 macas.
Entre os seis aviadores envolvidos, destacou-se a Primeiro-Tenente Ianca Maria Cavalcanti Menezes, que realizou um pouso embarcado de helicóptero a bordo de um navio da Marinha. Formada em 2021, a tenente é uma das duas mulheres em uma turma de 124 formandos e comemorou a conquista: “É uma honra ser pioneira nesta manobra. Este momento é marcante para minha carreira e será inesquecível.”
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Exercícios complementares, integração e compromisso com a soberania
A “Poseidon 2024” incluiu a operação “Lançamento de Armas-V”, que visou aprimorar sistemas de combate da Marinha. Entre os destaques, houve o lançamento inédito do Torpedo MK-46 para destruir o alvo submarino “alvo cachalote”, além de disparos de metralhadoras e canhões. A participação do submarino Humaitá (S41), da classe Riachuelo, em exercícios de evacuação aeromédica, evidenciou o avanço das capacidades de busca e salvamento.
Ao longo de duas semanas, 22 militares da FAB participaram de atividades teóricas e práticas em São Pedro da Aldeia (RJ), demonstrando o comprometimento das Forças com a Defesa Nacional. A colaboração entre meios navais e aeronavais, incluindo a Fragata União (F45) e aeronaves como o AH-11B Super Lynx, reforça a eficácia operacional. Essas missões conjuntas reiteram o compromisso das Forças Armadas com a defesa da Amazônia Azul e da soberania do Brasil.
Fonte: Agência Marinha de Notícias