O Irã e a bomba nuclear: mais um alerta que deixaremos passar?
O Irã está, mais uma vez, no centro das atenções com um programa nuclear que não para de crescer. Segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA), o país está enriquecendo urânio como nunca antes. Assim, o Irã está se aproximando do nível necessário para fabricar bombas atômicas. Isso significa que o relógio está correndo, mas, sinceramente, parece que ninguém sabe bem o que fazer com isso.
Urânio a 60%? Sim, e parece que é só o começo
De acordo com o diretor da IAEA, Rafael Grossi, o Irã está aumentando sua produção de urânio enriquecido a um ritmo assustador. Esse número pode chegar e seis quilos por mês. Parece pouco, mas essa quantidade pode facilmente alimentar pelo menos quatro bombas nucleares.
E não é só isso: as instalações que estavam paradas foram reativadas. Assim, se Teerã realmente colocar tudo em operação, estaremos olhando para uma escalada sem precedentes. “É muito preocupante”, disse Grossi. Bom, não precisava nem dizer.
Claro, o governo do Irã continua repetindo a velha história de que seu programa nuclear é para fins civis. Só que ninguém realmente acredita nisso – afinal, quem precisa de urânio a 60% para fins pacíficos?
Diplomacia em ruínas e o mesmo Blá Blá Blá de sempre
A comunidade internacional, como era de se esperar, está “apreensiva”. De acordo com o Ministério das Relações Exteriores da Alemanha, trata-se de uma “escalada séria”. Já segundo especialistas, o risco de ações militares cresce a cada dia. E nos Estados Unidos? Trump está de volta e, com ele, a promessa de repetir a tal “pressão máxima” sobre o Irã.
Enquanto isso, as negociações sobre o acordo nuclear de 2015, que já estavam capengando, agora parecem completamente fora de alcance. Reino Unido, França e Alemanha até querem retomar o diálogo antes de 2025, mas, convenhamos, as chances de sucesso são mínimas.
Mas, o que vem agora?
A verdade é que tudo isso soa como um déjà vu: o Irã avança, o Ocidente reclama, ameaças são feitas, mas no final das contas nada realmente muda. O relógio continua a correr e o risco aumenta. E o mundo, no entanto, fica presos nesse ciclo interminável de diplomacia fracassada e inação.
Se o Irã de fato cruzar a linha final e ir adiante com seu programa nuclear, vai ser mais um capítulo previsível em uma história que todos já conhecemos. Até lá, o mundo segue assistindo a tudo, surpreendentemente, despreocupadamente.