O regime do recém-empossado presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta terça-feira, 20 de janeiro, que realizará um exercício militar nos dias 22 e 23 visando a defesa da paz e da democracia no país.
O anúncio acontece dias após a posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump; da exibição de um vídeo com 4 mísseis em posição de ataque feita pelo Comandante Estratégico Operacional das Forças Armadas da Venezuela, General Domingo Hernández Lárez, em 10 de janeiro; e da informação de que as Forças Armadas Brasileiras realizarão o maior exercício militar na região de fronteira no mês de novembro, quando ocorre a COP30 em Belém (PA).
De acordo com o comunicado, o exercício, batizado de Escudo Bolivariano 2025, é uma resposta à frustração de inimigos internos e externos, que “não param de gerar ameaças e agressões que causam preocupação e instabilidade” no país.
Ainda conforme o comunicado, o exercício servirá para testar a sincronização e interoperabilidade das Forças Armadas Venezuelanas, inclusive do seu sistema de armas.
“Operações que garantem a defesa militar e a ordem interna do país, o funcionamento dos serviços básicos e a integridade das instalações estratégicas (…) em todo o espaço geográfico nacional”.
Especialista não acredita em guerra entre Brasil e Venezuela
Segundo Leonardo Mattos, professor de Geopolítica na Escola de Guerra Naval, a probabilidade de Maduro ingressar em território brasileiro é “praticamente zero”. A declaração aconteceu no dia 15 de janeiro à CNN.
“Sinceramente não acredito que o Maduro vá invadir a Guiana, muito menos pelo Brasil. As Forças Armadas Brasileiras são bem superiores às Forças Armadas Venezuelanas. Eu considero praticamente zero, mas logicamente nós temos que estar preparados”.
Além disso, o especialista acredita que o grande exercício planejado pelo Ministério da Defesa “sem sombra de dúvida” será para dar um sinal para a Venezuela, Guiana, Estados Unidos e os europeus.
Desde o final de 2023, a Defesa brasileira vem ampliando a presença militar em Roraima, que faz fronteira com a Venezuela. Até o final do ano, a região contará com milhares de militares, 3 tipos de mísseis e dezenas de blindados e viaturas, segundo afirmação do próprio Comandante do Exército, General Tomás Paiva.