O Exército ativou nesta quinta-feira, 30 de janeiro, o Destacamento Especial de Fronteira, em Waikás, às margens do rio Uraricoera, em Roraima. Segundo a Força Terrestre, a área é de grande importância estratégica para a proteção e vigilância da fronteira terrestre do Brasil.
A ativação do DEF foi acompanhada de perto pelo Comandante do Exército, General Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva. O militar está fazendo visitas a diversas Organizações Militares Brasil afora desde o início do mês de janeiro.
Na oportunidade, Paiva destacou a relevância do destacamento para a Terra Indígena Yanomami, apesar da unidade ser também um pretexto para o Exército fortalecer sua presença na região e preservar a soberania nacional e a integridade do território num momento de ameaças regionais, em especial do regime de Nicolás Maduro.
“Demos um passo importante para ampliar nossa presença, colaborando para a preservação do meio ambiente e a proteção da Terra Indígena Yanomami”.
Um dia antes, o Comandante verificou o adestramento do Pelotão Anticarro, com ênfase no uso do míssil Max 1.2 AC. Há cerca de 60 unidades do equipamento produzido pela SIATT em Roraima.
Contudo, esse não será o único tipo de material disponível na região, que é a mais vulnerável em caso de tentativa de invasão de Maduro a Essequibo, na Guiana, por via terrestre.
Em 16 de dezembro, durante inauguração da 1ª Companhia Anticarro Mecanizada (1.ª Cia AC Mec), Paiva anunciou a compra de 100 mísseis FGM-148 Javelin, que se somam aos projéteis Spike LR2 adquiridos de Israel.
Recentemente, o Exército também deu início ao processo para adquirir 65 novos tanques de guerra pesados e 78 blindados de transporte de tropas pelo valor de R$ 5 bilhões. De acordo com especialistas, Itália e Alemanha têm vantagem na disputa por já terem relacionamento comercial com o Brasil em assuntos militares.