A China confirmou oficialmente o desenvolvimento de um avançado míssil hipersônico ar-ar, uma tecnologia que representa um marco significativo na evolução da defesa aérea global. Segundo informações publicadas pelo South China Morning Post, o míssil foi submetido a rigorosos testes de resistência térmica para atender aos requisitos da Força Aérea do Exército de Libertação Popular (PLAAF). A novidade traz sérias implicações para as aeronaves furtivas dos EUA, como o B-21 Raider, ainda em fase de testes.
Os testes do míssil utilizaram túneis de vento aquecidos por arco elétrico, projetados para simular as condições extremas enfrentadas por veículos hipersônicos. Nessas velocidades, superiores a Mach 5, o atrito com a atmosfera gera temperaturas altíssimas, capazes de comprometer a integridade estrutural e eletrônica dos projéteis. Superar esses desafios posiciona a China à frente no domínio dessa tecnologia crítica.
Mísseis hipersônicos podem alcançar distâncias superiores a 1.000 quilômetros com velocidades que tornam praticamente impossível a interceptação por sistemas de defesa convencionais. Essa capacidade representa um avanço em comparação com mísseis tradicionais, que dependem de guias complexos e maior tempo de engajamento. A introdução desse armamento exige que forças aéreas em todo o mundo reavaliem suas estratégias de defesa.
A ameaça é particularmente relevante para aeronaves como o B-21 Raider, o mais novo bombardeiro furtivo dos EUA. Projetado para operar em ambientes com ameaças convencionais, o B-21 pode se tornar vulnerável a mísseis hipersônicos, que reduzem significativamente o tempo de reação e aumentam a letalidade dos ataques.
Enquanto a China lidera na aplicação de mísseis hipersônicos ar-ar, os Estados Unidos e a Rússia também desenvolvem tecnologias semelhantes. O programa HAWC e o ARRW dos EUA se concentram em mísseis hipersônicos de ataque, enquanto a Rússia avança com o Kinzhal, atualmente voltado para alvos terrestres. Ambos os países ainda enfrentam desafios para aplicar a tecnologia em mísseis exclusivamente ar-ar.
A introdução de armas hipersônicas redefine o combate aéreo, exigindo detecção avançada, interceptadores mais rápidos e novas táticas de guerra eletrônica. Além disso, os altos custos de desenvolvimento e operação desses sistemas limitam seu acesso a apenas algumas nações, intensificando a corrida armamentista global.
Com a confirmação do míssil hipersônico chinês, o equilíbrio de poder no céu pode sofrer mudanças drásticas. A competição pela supremacia aérea entra em uma nova era, marcada pela velocidade, alcance e tecnologia sem precedentes.
Com informações de: armyrecognition