A defesa do tenente-coronel Kid Preto, atualmente detido, fez uma solicitação ao ministro Alexandre de Moraes para que ele permaneça na mesma cidade que sua esposa, que também é militar (montedo). O objetivo é garantir que ela possa fornecer suporte emocional e material ao marido durante esse período difícil.
A defesa solicita que o tenente-coronel detido permaneça na cidade da esposa militar
Recentemente, o Exército possibilitou a transferência de um dos militares das forças especiais presos na Operação Contragolpe, ocorrida em novembro de 2024. Esse militar é suspeito de estar envolvido em planos golpistas que visavam manter Jair Bolsonaro no poder e promover ações violentas contra figuras proeminentes, incluindo Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes.
Por meio da sua defesa, o tenente-coronel Hélio Ferreira Lima requisitou especificamente a mudança para que ele pudesse ficar detido em Manaus, onde a esposa reside. Essa proximidade é fundamental para que ela possa oferecer o suporte emocional e material necessário.
Na quarta-feira, 29 de janeiro, o comandante militar da Amazônia, general Ricardo Augusto Ferreira Costa Neves, comunicou a Moraes sobre a disponibilidade de vagas para militares presos no 7º Batalhão de Polícia do Exército, localizado na capital amazonense. O tenente-coronel Ferreira Lima, que já comandou a 3ª Companhia de Forças Especiais em Manaus, agora aguarda autorização para essa transferência.
Caso Moraes aprove essa mudança, esta será a segunda transferência do Kid Preto desde sua prisão pela Polícia Federal. Ele já havia sido transferido do Rio de Janeiro para Brasília em dezembro, quando havia a expectativa de que sua mulher se mudasse para a capital. No entanto, essa transferência não ocorreu, e ela permanece em Manaus, o que complicou a situação emocional do tenente-coronel.
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Conforme as informações fornecidas pela Polícia Federal, Hélio Ferreira Lima estava diretamente envolvido em um núcleo de disseminação de informações falsas, cujo intuito era desestabilizar a credibilidade do sistema eleitoral brasileiro. Além disso, ele apoiava planos para assassinar autoridades como Lula, Alckmin e Moraes.
Curiosamente, conforme revelado pelo PlatôBR, o tenente-coronel Ferreira Lima foi segurança pessoal da ex-presidente Dilma Rousseff durante seu mandato. Naquela época, ele integrava o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e tinha a responsabilidade de supervisionar a segurança presidencial, coordenando o que é conhecido como “cápsula de segurança” — uma proteção próxima destinada a chefes de Estado.
Essa situação envolvendo o tenente-coronel Kid Preto levanta questões importantes sobre a segurança, a justiça e o suporte emocional em tempos de intensa incerteza política no Brasil.