O Exército Brasileiro iniciou o processo de aquisição de novos tanques de guerra pesados, para substituir as obsoletas frotas de Leopard 1A5 e M60, e blindados de transporte de tropas de fuzileiros.
Segundo informações apuradas pelo Gazeta do Povo e divulgadas na noite de sábado, 25 de janeiro, a intenção inicial da Força Terrestre é adquirir 65 tanques pesados e 78 blindados, mas as quantidades podem ser alteradas no processo de licitação.
Para o coordenador do Grupo de Pesquisa em Estudos Estratégicos e Segurança Internacional da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Augusto Teixeira, os requisitos solicitados do Exército mostram que, apesar da lista de fornecedores em potencial ser alta, a Força pode estar mais inclinada a propostas de fornecedores com os quais já tem costume de comprar equipamentos, como Itália e Alemanha.
Os novos tanques pesados devem ter uma torre equipada com um canhão de 120 mm como armamento principal, uma metralhadora secundária de 7,62 mm e uma metralhadora antiaérea com calibre de 7,62 mm ou 12,7 mm. Os tanques também devem se deslocar por lagartas e ter autonomia de 400 quilômetros. Entre as opções está inclusive o Leopard 2, da alemã Krauss-Maffei Wegmann, utilizado pela Ucrânia na Guerra.
Já os blindados de transporte de tropas seriam para dar apoio a eventuais combates.
“Essas viaturas seriam o equivalente aos veículos de combate de infantaria (IFV na sigla em inglês). Para além da capacidade de transportar frações de tropas – aproximadamente um grupo de combate, que equivale a 8 a 12 militares –, essas viaturas têm maior blindagem e poder de fogo, como forma de apoiar o combate”.
Apesar de os blindados terem uma função similar aos VBTP-MR Guarani, já em operação no Exército, os novos veículos terão armas mais pesadas.
As características requeridas são peso superior a 45 toneladas; torre operada remotamente e dotada de um canhão de no mínimo 30 mm; sistema de armas com no mínimo um canhão; armamentos secundários, uma metralhadora coaxial de 7,62 mm e, pelo menos, outra metralhadora antiaérea montada externamente, nos calibres 7,62mm ou 12,7mm e rolamento do tipo lagarta.
Alguns dos modelos que atingem as expectativas da Força são o Marder 1A23, produzido pela alemã Rheinmetall, e o CV90, da sueca Bae Systems.