O Ministério da Defesa acaba de aprovar um manual que estabelece um protocolo rigoroso para evitar que a comida dos militares seja envenenada. A medida, publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira, 29, é um reflexo da crescente preocupação com a segurança alimentar em um mundo cada vez mais instável.
A Portaria GM-MD nº 395, de 23 de janeiro de 2025, aprova o “Manual de Defesa Alimentar das Forças Armadas”. O documento, segundo o ministro José Múcio Monteiro Filho, “estabelece as orientações essenciais da Defesa Alimentar nos Serviços de Alimentação no âmbito das Organizações Militares”.
Em outras palavras, a partir de agora, as refeições servidas aos militares passarão por uma série de controles para garantir que não sejam contaminadas por substâncias tóxicas. A medida, segundo o manual, visa “mitigar contaminações intencionais dos suprimentos de água e alimentos”.
O documento estabelece diretrizes rigorosas para proteger desde o abastecimento até o consumo final das refeições servidas nas organizações militares. Entre as medidas, está a criação de “Equipes de Defesa Alimentar” em cada unidade militar, compostas por especialistas em logística, segurança, inteligência e saúde.
“A defesa alimentar compreende um conjunto de medidas a serem adotadas para prevenir a contaminação intencional dos alimentos servidos aos militares, a fim de assegurar o emprego operacional oportuno”, define a portaria. Em outras palavras: garantir que os militares não sejam envenenados e estejam aptos para suas missões.
O manual faz distinção clara entre contaminações acidentais – tratadas por protocolos sanitários regulares – e ataques deliberados, que podem envolver agentes “biológicos, químicos, radiológicos ou físicos”. A medida se alinha a protocolos similares adotados por forças armadas de países da OTAN.
A portaria determina que cada unidade militar deverá elaborar seu próprio “Plano de Defesa Alimentar”, baseado em análise de riscos específicos, considerando desde sua localização geográfica até possíveis cenários táticos e operacionais. O documento está disponível na íntegra na Plataforma MDLegis do Ministério da Defesa.