Cumprir as exigências legais que competem à função é necessário para que o vigilantes consigam exercer suas atividades de forma correta. É importante frisar que, para ser um profissional, é preciso realizar o curso em uma escola legalizada e reconhecida pela Polícia Federal, para que, posteriormente, o futuro profissional consiga ter acesso à CNV (Carteira Nacional de Vigilantes).
O curso conta com 200 horas e 15 disciplinas. A divisão da carga horária depende da escola, que pode executá-la em um turno ou dois turnos. Há escolas também que ministram aulas aos sábados. Além da prova teórica, há a realização de prova prática. Entre as disciplinas estão: primeiros socorros, uso progressivo da força, combate a incêndio, legislação, armamento e tiro. A certificação da Polícia Federal é enviada aos alunos que tiveram êxito e alcançaram a pontuação mínima em cada disciplina.
Entre as principais áreas de atuação estão: segurança patrimonial, onde o vigilante pode atuar em escolas, condomínios, empresas. Embora a legislação determine que a presença do vigilante seja obrigatória em instituições financeiras e correlatos, o profissional tem uma gama de possibilidades, como transporte de valores, atuação em shoppings e a possibilidade de crescer na carreira, atingindo áreas de gestão em segurança privada, desde que tenha realizado os cursos devidamente exigidos para o exercício da função.
Escala de atuação dos vigilantes
A escala de trabalho varia de acordo com o local e com a empresa, assim como o salário. O vigilante pode ser plantonista, atuando em uma carga horária de 12×36 (doze horas de trabalho seguidas de 36 horas de descanso), uma escala de campo em que o profissional folga uma quantidade de dias trabalhados, como 10×10, ou ainda atuar em uma escala de serviço diário, horista, intermitente, entre outras.
Para ter maior visibilidade no mercado, é importante que, após o curso de formação, o profissional realize cursos de extensão para se aprimorar, como, por exemplo, escolta armada, transporte de valores e segurança privada.
Vigilante irregular e como regularizar?
O vigilante precisa realizar a reciclagem a cada dois anos, com uma carga horária de 50 horas, que pode ser feita em cinco dias, de forma integral (o dia todo) ou das 8 da manhã até as 8 da noite. Algumas escolas também oferecem a reciclagem no formato 12×36. Quando se trata de irregularidade, cerca de 2,5 milhões de vigilantes trabalham de forma informal, fazendo os chamados “bicos”. Esses dados são da Fenavist (Federação Nacional das Empresas de Segurança e Vigilância).
O Ministério do Trabalho fez um levantamento, no ano de 2024, sobre o perfil dos trabalhadores de segurança privada. Quase 90% das pessoas são do sexo masculino e estão na faixa etária de 30 a 49 anos. Quase 75% dos profissionais possuem nível médio de escolaridade, sendo que 3% têm nível superior. Esses dados apontam para uma valorização da profissão.
A busca por especialização e preparação constante é um dos pontos mais fortes que podem ajudar os vigilantes a saírem da irregularidade profissional e conquistarem o vínculo empregatício. Dados apontam que a tecnologia tem crescido entre a segurança privada, não apenas por meio de câmeras de monitoramento e rádios de comunicação, mas também pelo uso da biometria, tanto no reconhecimento facial quanto digital, que são fatores importantes nesse processo.
Encontro das Empresas de Segurança Privada
O Encontro das Empresas de Segurança Privada (ENESP) Nordeste vai acontecer entre os dias 30 de abril e 3 de maio. Os interessados poderão se inscrever até 31 de março, pelo portal oficial da Fenavist. O evento será realizado no Hotel Monã Teresina e contará com gestores, empresários, imprensa e autoridades.
O evento será pautado na discussão dos avanços da segurança privada, além de ser um espaço para debates sobre melhorias no setor, oportunidades e a construção de relações pessoais e profissionais. O intuito é não apenas o desenvolvimento da carreira, mas também compartilhar conhecimentos e aumentar a visibilidade de colaboradores e empresas.