Não foi só o Pentágono que perdeu o sono com as primeiras imagens do novo caça furtivo chinês. Como revela reportagem do Business Insider, o mercado financeiro americano também está em polvorosa com o que pode ser a primeira aeronave de sexta geração do mundo.
Wall Street teme que a Lockheed Martin — fabricante das três versões do caça furtivo F-35 Lightning II, a arma mais cara da história — possa ver o preço de suas ações despencar se os militares dos EUA optarem por comprar menos F-35s em favor de aeronaves mais avançadas.
O Deutsche Bank acaba de rebaixar a recomendação das ações da Lockheed Martin, fabricante do F-35, o caça mais caro da história militar. O motivo, segundo o analista Scott Deuschle ao Barron’s, é a preocupação com “o suporte de longo prazo para o F-35 em face dos esforços de modernização de aeronaves de combate da China”.
Números em queda
A gigante americana da defesa já sente o baque. Seu lucro líquido no quarto trimestre despencou para US$ 527 milhões, contra US$ 1,7 bilhão no mesmo período de 2023. As ações, que chegaram a US$ 500 após a invasão da Ucrânia, recuaram para US$ 457.
O programa trilionário
O F-35 é hoje a arma mais cara da história, com custo total estimado em US$ 2 trilhões – mais que o PIB da maioria das nações. Os EUA planejam comprar 2.456 unidades até 2049, distribuídas entre Força Aérea, Marinha e Fuzileiros Navais.
Concorrência interna
Segundo Business Insider, o Pentágono desenvolve seus próprios caças de sexta geração. O programa Next Generation Air Dominance (NGAD) da Força Aérea promete aeronaves mais avançadas que o F-35, com previsão de voo para 2030. Cada unidade deve custar US$ 250 milhões, o triplo de um F-35.
Peso político
Com mais de 1.900 fornecedores em 48 estados americanos e 10 países, o programa F-35 construiu uma rede de interesses que dificulta seu abandono. Até agora, mais de 1.000 aeronaves foram entregues aos EUA e aliados.