A Saab está reformulando sua estratégia para a concorrência do programa Multi-Role Fighter Aircraft (MRFA) da Força Aérea Indiana (IAF) e planeja apresentar uma proposta independente para o caça Gripen-E. A decisão vem após o rompimento da parceria com a Adani Defence, que anteriormente fazia parte da oferta da empresa sueca. A informação foi divulgada pelo portal Defence.in.
Agora, a Saab busca firmar parceria com a Dynamatic Technologies, uma importante fabricante indiana do setor aeroespacial, para produzir componentes do Gripen-E dentro da Índia. Além disso, a empresa avalia a possibilidade de estabelecer uma Linha de Montagem Final (FAL) no país, sob um modelo de 100% de investimento estrangeiro direto (FDI). Essa iniciativa dependerá da aprovação do governo indiano, mas está alinhada com as recentes reformas voltadas para atrair capital estrangeiro na indústria de defesa.
A Dynamatic Technologies deverá ter papel fundamental na fabricação do Gripen-E, com foco na produção da fuselagem da aeronave. Já a Saab atuaria como integradora principal, conduzindo a montagem final e garantindo que a aeronave cumpra os rígidos padrões de qualidade e desempenho exigidos pelo programa MRFA. Além da Dynamatic, a proposta da Saab prevê a inclusão de outras empresas indianas no fornecimento de componentes e sistemas críticos.
A concorrência pelo contrato do MRFA é acirrada, com gigantes como Boeing, Lockheed Martin e Dassault também disputando a venda de seus caças para a Índia. Todas as fabricantes estão comprometidas em realizar investimentos locais e promover transferência de tecnologia para fortalecer a base industrial de defesa do país.
Caso a Saab consiga vencer a licitação, a parceria com a Dynamatic Technologies poderá ser um marco para a indústria aeroespacial indiana, fomentando um ecossistema de produção de aeronaves de combate no país. Esse movimento reforça a crescente ênfase da Índia na independência tecnológica e na produção de equipamentos militares em solo nacional.
O resultado do processo de seleção do MRFA é aguardado com grande expectativa, pois pode redefinir o futuro da aviação de combate da Índia e consolidar o país como um polo global na fabricação de defesa.