Militares. Sociedade, com aversão aos grandes partidos, tende a escolher políticos não profissionais para cargos em Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas e Congresso Nacional, iniciando uma inflexão importante nos rumos de toda a política nacional.
Vivemos um momento de inflexão. Obviamente não se trata de embate entre direita e esquerda, conservadorismo ou “progressismo”. É mais do que isso. A desconcertante quantidade de votos recebida por Jair Bolsonaro, deputado visto como conservador, ou “de direita”, mostra que agora o eleitor brasileiro já consegue enxergar além do filtro do politicamente correto usado por décadas para ditar o comportamento diante das urnas.
Os votos recebidos por Bolsonaro – 460 mil – seriam suficientes para eleger 6 ou 7 deputados no estado do Rio.
Ouve-se rumores, conversas de corredor, refeitórios de quartéis e clubes militares, que indicam que candidatos ligados aos militares cariocas devem partir para o PSC nos próximos meses. Contudo, a confirmação vem por um vídeo de alguns minutos onde o PMB expressa seu apoio ao pré-candidato Bolsonaro para a presidência do país.
No vídeo o deputado Bolsonaro diz que “não apita nada” no PSC. Mas, com a bagagem que possui é obvio que terá sim voz ativa. O deputado diz que confirma uma aliança para as próximas eleições, onde serão escolhidos os VEREADORES.
Vídeo publicado na Revista Sociedade Militar – Youtube – Original Facebook Gerson Paulo
Além da família militar, muitas pessoas em vários locais do Brasil tem se manifestado a favor de eleger políticos militares. Para eles a categoria, com candidatos não profissionais, que passaram toda a vida dentro da caserna, seria uma das poucas que atualmente escapa das maracutaias que caracterizam o sistema político partidário brasileiro.
No Rio de janeiro há possibilidade de eleger-se vários vereadores. Cidades como Niterói, São Gonçalo, a capital, Rezende e Nova Iguaçu, entre outras, têm um eleitorado bastante simpático à candidatos oriundos da caserna. Além do apoio de Bolsonaro tudo indica que o General Abreu, também ligado ao PMB, mergulhe de cabeça na campanha desse ano.
Obtendo sucesso em 2016 nas eleições municipais é quase certo que o Rio conseguira emplacar no mínimo 4 deputados federais e alguns estaduais ligados a família militar no pleito de 2018, quando Jair Bolsonaro estiver concorrendo também para Presidente da República.
Estratégia em nível nacional
A oportunidade é realmente ímpar. Esse articulista acredita que BOLSONARO, em estratégia bem inteligente, pretende construir uma grande base de apoio não só nos municípios do Rio de Janeiro, mas no país inteiro. Um grande número de vereadores de conduta ilibada e comprometidos com sua visão política espalhados por todo o país – levando-se em consideração o estado atual de enorme decepção com os grandes partidos – será capaz de realmente alavancar as possibilidades do futuro candidato do PSC para presidente em 2018.
Nas eleições passadas Bolsonaro chegou a manifestar seu apoio a um grupo seleto de candidatos que considera realmente confiáveis. O santinho distribuído pelos políticos foi padronizado nas cores verde e amarelo. Estudando em detalhes os três candidatos abaixo, apoiados por J.Bolsonaro, percebe-se que nenhum dos três é político profissional. Kelma Costa (MG) é esposa de militar do Exército, Fahur (Paraná) é policial da ativa e França é militar e piloto de aviação comercial.
Como se sabe, o vereador é aquele político que possui maior contato com o eleitor. Portanto, aquele com maior possibilidade de conquistar votos.
Certamente é um grande momento vivido pela família militar e sociedade como um todo e as lideranças devem se debruçar sobre isso com urgência.
Revista Sociedade Militar