O PENSAMENTO DO CLUBE MILITAR:
“GOLPE… ? DE QUEM?”
Gen Gilberto Pimentel
Seguidamente, a presidente Dilma e seus partidários têm usado o termo “golpe” para definir as ações de oposicionistas que defendem seu impeachment por entenderem que o governo que preside praticou atos ilegais que justificam a ação. Direito de qualquer cidadão!!!
Insiste nisso, a despeito das enfáticas declarações contrárias de diversos integrantes do Poder Judiciário, incluindo os da instância máxima, o Supremo Tribunal Federal (STF). Destaque-se que muitos daqueles juízes foram pelo seu próprio governo e no do seu antecessor petista designados para a mais alta corte do País.
A ministra Carmen Lucia, por exemplo, em entrevista a uma emissora de TV disse que não acredita que a presidente entenda que impeachment é golpe porque trata-se de um instituto previsto constitucionalmente. O que não pode ocorrer, acrescentou a magistrada, de jeito nenhum, é que não se observem no processo político-penal as regras constitucionais.
Na mesma linha, o ministro Luís Roberto Barroso que frequentemente defende as teses do governo, relator do processo de impeachment, reafirmou aos deputados que compõem a comissão especial que analisa as acusações contra a presidente que impeachment não é golpe, é um mecanismo previsto na Constituição Federal para afastamento de um Presidente da República. Lembrou ainda que o STF é o árbitro do processo e que, ao fim, só será validado o que for legítimo.
Ainda assim, a presidente insiste no “não vai ter golpe”, palavra de ordem que já ultrapassou as fronteiras por conta de entrevistas que uma Dilma, desesperada, tem concedido à imprensa internacional; ressoa nas passeatas dos petistas; e até mesmo num jamais testemunhado comício político-partidário realizado ao abrigo do Palácio do Planalto. Nessas ocasiões, sem contraposição do governo, políticos do seu partido e militantes têm lançado provocações e incitado à reação violenta os movimentos sociais, sindicatos, MST, CUT, o tal “exército de Stedile”, etc. Há perigo iminente no ar.
Aonde quer chegar Dilma? Difícil prever. Mas é preciso que a alertem a respeito da imensa responsabilidade que pesa sobre seus ombros na condição de Comandante Suprema das FFAA, inseridas no ordenamento jurídico pátrio como as guardiãs constitucionais da Lei e da Ordem. O respeito é bom e todos nós gostamos.
“Os brasileiros de bem precisam ter a mesma ousadia dos “canalhas” para ajudar a tirar o país da crise político-econômica-financeira pela qual passa o Brasil”. Quem disse isso, recentemente, foi a vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Carmen Lúcia.