General Villas Bôas fala sobre Estado de Defesa, redes sociais, INTERVENÇÃO MILITAR e diz que é ABSOLUTAMENTE identificado com Aldo Rebelo.
Nesse 21 de abril, na UNICEUB, em Brasília, o General Villas Bôas discorreu mais uma vez sobre os pedidos de intervenção militar e o papel do Exército no período atual. O comandante mais uma vez disse que não há possibilidade do Exército intervir na política. Ele mencionou que existem invencionices e falácias na internet, como o caso da base russa (que desmistificamos aqui), que foram montados com o claro intuito de pressionar as Forças Armadas a se posicionar.
A Revista Sociedade Militar ao longo dos últimos meses tem desmascarado várias dessas mentiras, como o caso dos caças venezuelanos que estariam se preparando para atacar Brasília, a própria Base Russa acima citada, intromissão de Putin em nossas questões internas, Invasão de Evo Morales, assessor russo no Ministério da Defesa etc. Percebemos que vários sites criados recentemente, se aproveitando da ânsia da sociedade em ver solucionados os problemas recentes de nosso país, tem distribuído e incentivado a criação de muitas teorias insanas que em nada acrescentam para o amadurecimento político de nossa sociedade.
Sobre estar subordinado a ex-presos políticos como a própria, Presidente da República, o comandante disse que não ha nenhuma dificuldade nisso. Para ele a submissão hierárquica a autoridades que exercem atividades públicas faz parte da democracia. Segundo Villas Bôas não cabe aos militares questionar a autoridade de políticos e autoridades que assumiram de forma democrática seus cargos.
Sobre a conjuntura atual e sobre o Exército “pacificar o país”, o Comandante Villas Bôas disse que:
“Brasil da década de 30 a 80 foi o país do mundo que mais cresceu… incluindo os governos militares. Nas décadas de 70 a 80 nós cometemos um erro ao permitir que a linha de fratura da guerra fria passasse dentro da sociedade brasileira e nos dividisse e o Brasil que era um pois que tinha um sentido de projeto… perdeu a coesão, o sentido de projeto e está sem um rumo, uma direção… Eu conversava isso com o Ministro da defesa, que é do PCdoB e hoje trabalhamos juntos absolutamente identificados e temos convergências de interesse nacional. Veja que erro que nós cometemos… precisamos recuperar isso pois não estamos livres de outra guerra fria, não no mesmo parâmetro…”
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“em 1964… houve duas diferenças básicas. Em 1964 o país não contava com instituições amadurecidas e com espaços definidos e cumprindo efetivamente seus papeis… um sistema de pesos e contrapesos que dispensa a sociedade de ser tutelada… Todo e qualquer emprego das Forças Armadas passa pela Constituição e leis complementares… Forças armadas não existem para fiscalizar governo e muito menos para derrubar governo.”
“Forças armadas não existem para fiscalizar governo e muito menos para derrubar governo”
“a crise é de natureza política, econômica e de natureza ética… todos os parâmetros estão se relativizando para baixo… nos degradamos nos parâmetros éticos, de eficiência… Nos parâmetros estéticos… em busca dos caminhos para superar a crise eu vejo que as discussões não tem profundidade.”
Revista Sociedade Militar