“Estamos hoje fazendo parte do sistema decisório de nossa Instituição…”
Esse texto, elaborado por militar que ocupa o novo cargo – adjunto de comando – foi postado na área de Comentários do SITE do MONTEDO, que é uma de nossas referências. Em questões relacionadas aos militares, em especial ao Exército Brasileiro, Montedo é imbatível.
“Tenho acompanhado algumas postagens relativas ao novo cargo criado pelo Exército Brasileiro, o Adjunto de Comando, e verificado que muitos ainda não entenderam a importância que este cargo representa para a Instituição, principalmente para nós, os graduados.
Estamos hoje fazendo parte do sistema decisório de nossa Instituição. Quando digo isso, não estou me referindo ao poder de tomar decisões, mas sim, a possibilidade de representar o círculo das Praças no assessoramento dos Comandantes e seus Estado-Maiores, por ocasião das tomadas de decisão em relação as Praças, coisa que não acontecia pouco tempo atrás.
É lógico que ainda levará muito tempo para que o novo cargo funcione da maneira que todos esperamos, quando se tenta mudar a cultura, as mudanças serão mais lentas e demandarão mais envolvimento de todos para que estas mudanças atinjam sua plenitude. Por isso, é necessário que cada um de nós façamos a nossa parte.
Bom, em relação ao artigo que o Sr elencou como pauta, gostaria de fazer alguns comentários:
Primeiro, estamos vivendo a implementação do novo Cargo e os militares estão sendo selecionados pelo perfil, o que é o muito justo, no meu ponto de vista. Entretanto, os comandantes também estão levando em consideração o relacionamento interpessoal que cada um destes militares possui. Eles sabem que, de nada adianta ter um militar com o perfil alto, se ele não possui um livre trânsito em seu círculo hierárquico, sendo justamente por isso que este cargo contempla os ST e Sgt e não os Of QAO. Se me permite comentar, até agora não tivemos notícias de nenhum Adjunto de Comando que esteja sendo visto com maus olhos pelos militares das Unidades já contempladas pelo cargo.
Em toda mudança, quando o ambiente não está totalmente preparado para ela, terão que ocorrer alguns ajustes, posso garantir que, todos aqueles que estão ocupando o novo cargo estão sendo orientados para não atuar como mais um assistente. Poderão haver alguns equívocos, mas estes estão sendo corrigidos.
Ainda a respeito de nossa carreira, estamos trabalhando em sugestões para que os órgãos responsáveis pelas mudanças sejam alimentados de informações para que nossas necessidades e anseios sejam atendidos. Poucos dias atrás, realizamos uma reunião com a presença dos Adjuntos de Comando de minha Brigada, onde discutimos, levantamos ideias e confeccionamos uma proposta para a nova carreira das Praças, contemplando menores interstícios e novas graduações, desvinculação da carreira e desverticalização salarial. Trabalhamos pensando no ideal, se será utilizada ou não, só saberemos no futuro, porém fizemos nossa parte.
Por último, o aumento de militares temporários se fará necessário sim, para que possamos cumprir nossa missão constitucional. Do ponto de vista de um Adjunto de Comando, não importa se o militar é ou não de curto ou longo prazo. Não podemos esquecer que somos todos temporários, uns com mais, outros com menos tempo de serviço, porém devemos cumprir nossa missão sempre. O Adjunto de Comando fará seu trabalho levando em consideração todos os militares, isso inclui: Soldados, Cabos, Sargentos, Subtenentes e até mesmo Oficias.
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