GUERRA NO GOLFO se Israel atacar o IRÃ? Entenda essa questão Cremos que isso não seja tão provável quanto os especialistas atuais dizem. Ha sete questões que devem ser consideradas por políticos e militares. 1 – O IRÃ tem atualmente um poderio militar suficiente para bloquear o estreito de Ormuz, por onde tem que passar cerca de 40% de todo o petróleo produzido no planeta, limitando drasticamente o abastecimento para o ocidente, principalmente para os EUA. Apesar de ter mais de 34 quilômetros de largura, o estreito possui um canal navegavel de somente 2 quilômetros, o que o torna um ponto extremamente sensível em caso de conflito.
2 – Mahmoud Ahmadinejad atualmente tem relações estreitas com a RUSSIA, inclusive tratados de fornecimento de petróleo, e esta provavelmente se sentiria atingida indiretamente se os americanos resolvessem contra-atacar o Irã.
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3 – A RUSSIA provavelmente tem tecnologia superior a dos americanos no quesito mísseis anti-navio, eles desenvolveram o SSN-22 Sunburn, capaz de voar a cerca de dois metros do nível do mar a velocidades de quase 3.000 km por hora, o que os torna praticamente indefensáveis, mesmo para os americanos com sua tecnologia de ponta. Há informações de que os chineses ja possuem essa tecnologia, assim como os iranianos.
4 – A RUSSIA tem estreita ligação com a Venezuela, a única nação fora do oriente médio com potencial para suprir parte significativa das necessidades norte americanas de petróleo. 5 – Os CHINESES têm com o Irã importantes tratados de abastecimento de petróleo, e provavelmente também se sentiriam atingidos indiretamente por um ataque americano aos iranianos. 6 – Para que Israel ataque o IRÃ seus aviões têm como rota mais curta sobrevoar o Iraque, administrado pelos americanos, e somente a permissão para isso já poderia ser encarada como uma afronta dos americanos aos iranianos.
7 – Uma grande força naval americana concentrada no oriente médio para uma ofensiva contra o Irã seria algo perigoso para os americanos, pois os mísseis Russos SSN-22, além de seu já descrito poder destrutivo, têm capacidade para transportar uma ogiva nuclear, e esse simples potencial aterroriza qualquer almirante, pois toda a força naval pode ser destruída instantaneamente por um único míssel.
Lembramos que há alguns anos um general da reserva americano, no grande exercício realizado em 2002 antes da guerra do golfo, conseguiu, usando navios pequenos e embarcações de uso civil, derrotar a frota americana. Ele usou artifícos considerados desleais ou antiquadas, mas que sempre poderão ser usados por qualquer líder que deseja vencer uma guerra. O general, cujo nome é Paul Van Riper, não usou a comunicação tradicional para que esta não fosse interceptada e armou as embarcações de recreio, que como um enxame, e sob custo irrisório se perdidas, conseguiram afundar o porta aviões americano e 15 outros navios de guerra de grande porte. Como Riper fazia no exercício o papel de um ditador enlouquecido com forças armadas típicas de uma nação com recursos limitados, para ele não havia escrúpulos e além de evitar o uso de radares e equipamentos que pudessem ser detectados pelo “inimigo” usou barcos e aviões suicidas para derrotar em poucos dias a grande força americana. Como mensageiros em terra Riper usou soldados em motocicletas e para determinar que aviões decolassem utilizou sinais luminosos em lugar do rádio. O exercício militar, além de contar com mais de 13.000 militares em 17 locais diferentes, contou com simulações por computador e custou mais de 200 milhões de dólares aos cofres norte americanos. Em 2008 várias lanchas rápidas iranianas, em pleno esreito de Ormuz, surpreenderam navios americanos e realizaram manobras ao seu redor causando vários minutos de tensão nos comandantes americanos. Incidente similar ocorreu no início desse ano e pode ser conferido no link: https://www.youtube.com/watch?v=hDvxtN67KJk Lanchas Iranianas – Foto de New York Times e Terra.
Por todos esses motivos é que os americanos evitam a todo custo uma ofensiva militar contra os iranianos, e fazem de tudo para desestimular Israel em suas intenções de atacar o país chefiado por Mahmoud Ahmadinejad. Na verdade os EUA não estão tão preparados como aparentam, e sabem muito bem disso. Fonte https://sociedademilitar.com Dados de: https://en.wikipedia.org/wiki/Paul_K._Van_Riper https://en.wikipedia.org/wiki/Millennium_Challenge_2002 https://rense.com/general64/fore.htm https://www.nytimes.com/2008/01/12/washington/12navy.html https://english.pravda.ru/hotspots/conflicts/02-10-2012/122314-attack_on_iran-0/ De: Robson A.S. – Sociólogo – Millitar. Escreve para: https://sociedademilitar.com |
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