“SOMOS TODOS BISSEXUAIS”, diz pesquisador da Universidade Federal de São Carlos. E a maioria dos que leram seu texto acreditou!
Diferenças entre “os que sabem” e os “que não sabem”, um texto despretensioso.
Na semana passada surgiu a noticia de que o Supremo vai estudar a questão proposta pela procuradora Helenita Acioli. A procuradora quer descriminalizar a atividade sexual nos quartéis. Segundo a própria, a modificação se faz necessária, entre outros fatores, por causa da discriminação contra os homossexuais. Abordaremos agora mais uma informação importante relacionada ao assunto. O tema surgiu há algum tempo, mas pretendemos retomá-lo, depois de já ter “esfriado”. A questão nos chamou a atenção novamente por conta de ter percebido a influencia que exerceu sobre as pessoas que leram um artigo no UOL. O Texto foi montado com base na teoria de Richard Miskolci, que acredita que a heterossexualidade não é algo natural. Uma pesquisa realizada ao final do artigo mostra que a maioria dos leitores passou a acreditar que “TODAS AS PESSOAS SÃO BISSEXUAIS EM POTENCIAL”.
O que teria esse texto de tão convincente?
No artigo somente são mencionadas pessoas que concordam com a posição principal defendida. Além dos artistas Daniella Mercury e Judie Foster, são mencionados a psicanalista Regina Navarro Lins, a historiadora Mary Del Priore e o sociólogo Richard Miskolci, professor do departamento de Sociologia da UFSCAR (Universidade Federal de São Carlos). Para Miskolci a sociedade exerce forte influência para que os indivíduos se definam como heterossexuais. Ele diz: "… Desde crianças somos adestrados. Heterossexualidade não é algo natural, hoje sabemos que ela e compulsória". As psicólogas Marisa Lobo e Rosângela Justino diriam que se trata de mais uma parte da elaborada estratégia para endossar a homossexualidade como o comportamento mais adequado a ser assumido. Todos os dias surgem estudos científicos bem elaborados que tentam provar que o homossexual está em uma posição confortável, natural, e que são os heterossexuais os problemáticos, pois estão em uma espécie de prisão, foram forçados a serem somente homens e mulheres.
Mary Del Priore (citada no artigo do uol) diz que: "Caminhamos para um mundo onde os papéis sexuais vão ficar cada vez mais diluídos e as pessoas vão se permitir escolher e não ser necessariamente a mesma coisa a vida toda", afirma a pesquisadora, que finaliza: "A bissexualidade se abre hoje como uma possibilidade para todo mundo. Acho que a intolerância em relação ao bissexual vai decrescer". {jcomments on}
Já a psicóloga Marisa Lobo disse o seguinte: “Estamos sendo pressionados por uma militância ideológica política de gênero (gay) com ajuda da mídia e de políticos que querem apenas voto, criando resoluções, cerceando direito constitucional do cidadão, criando conflito ético com a constituição, para em nome de acabar com um preconceito desconstruir a família tradicional e a heterossexualidade como inata, natural do ser humano”, escreveu Marisa Lobo em seu artigo “Ditadura gay quer transformar a heterossexualidade em anormal”.
Outra psicóloga, Rosangela Justino, que se propõe a tratar pessoas que têm problemas psicológicos ao optarem por abandonar o homossexualismo, diz em artigo publicado no site do Conselho federal de psicologia: “..não há qualquer confronto da minha profissão com a minha religião… democracia das políticas desejantes, do mesmo modo que o Estado religioso, é um perigo à democracia laica”.
Ao que tudo indica o sociólogo Richard Miskolci é um entusiasta da Teoria Querr (estranho, ridículo, raro), que versa sobre uma suposta “transgerenidade” inata do ser humano e advoga o fim das classificações em homem, mulher, hétero ou homo. Miskolci atualmente é professor da Universidade Federal de São Carlos e fez doutorado pela USP. O professor em questão atualmente, segundo o site do CNPq, é bolsista da instituição.
Na pequena frase do estudioso, já citada – desde crianças somos adestrados. Heterossexualidade não é algo natural, hoje sabemos que ela e compulsória – encontramos um decreto cruel, quase xenófobo, que divide a sociedade em dois grupos. Um é superior, são os que sabem, o outro, os que não sabem, são meros ignorantes. Entre eles meu pai, meu avô… e eu. Afinal, não fazemos parte da elite acadêmica que estuda a sexualidade desde os dezoito anos de idade, recebendo para isso verbas públicas e Indo de país em país realizando cursos de aperfeiçoamento e tantos outros na área. Nós, meros mortais, conhecemos "apenas" aquilo que aprendemos em casa, e observando a sociedade, o que nos fez concluir em nossas humildes e desinformadas mentes que o ser humano normalmente nasce heterossexual, ou macho ou fêmea. O que vem depois, em nosso raciocínio simplório, simplesmente veio depois.
Analisando racionalmente, verificando contras e prós, se torna quase impossível não contestar “construções teóricas” como a do pesquisador em tela. Mas, exposto da maneira que foi, em um texto bem elaborado, endossado por artistas famosos e alguns doutores e mestres, rapidamente qualquer posição se torna em verdade inquestionável na mente dos leitores. Em qualquer pesquisa realizada ao acaso a probabilidade de dizer que se acredita que “todos são bissexuais” não chegará a 3% da população estudada. Mas na enquete em questão o número excede qualquer expectativa.
Não gostaríamos de nos embasar cientificamente para discutir o assunto. Afinal, a ciência “evolui” e alguns antropólogos antes famosos já foram taxados, pelos “que sabem”, de antiquados. Eles um dia disseram coisas esquisitas sobre o formato dos lábios femininos terem sido construídos (ou evoluíram!) de forma que lembrem o perfil da vagina, sobre a atração sexual causada no homem pelos enormes seios nus de uma mulher, sobre a lubrificação vaginal, tamanho dos órgãos sexuais etc. Mas isso não vale mais, então esqueçam isso, queimem seus livros. Vamos ao que é óbvio, comum, ao empírico.
Para nós, que não sabemos, a própria observação é suficiente para afirmar que um homem é biologicamente construído para copular com uma mulher, e vice-versa. Será que a esmagadora maioria de cidadãos do mundo que desde pequenininhos acreditam que é simples assim – homem gosta de mulher e mulher gosta de homem – estão errados? Afinal, não leram as publicações do Programa de Estudos em Sexualidade da USP, do departamento de Sociologia da Universidade Federal de São Carlos e de outros tantos centros produtores de “conhecimento”. É obvio que escrevemos aqui para essa parcela dos que não sabem que a heterossexualidade é algo compulsório, e ainda bem que os nossos ancestrais desde tempos longínquos foram ignorantes e também não sabiam disso, pois se fosse o contrário talvez a raça humana já houvesse se extinguido. Ainda bem que a chamada cultura judaico-cristã persistiu por tantos séculos nos enclausurando em nossas prisões heterossexuais, pois do contrário, não mais haveria raça humana.
Acreditamos que TODOS têm o direito de se manifestar, e de expressar sua sexualidade da maneira que bem entender. Entendemos que as “novas formas” de sexualidade, e de constituir família, são alternativas que, embora viáveis, nunca poderão substituir por completo os comportamentos que a sociedade com paradigmas “judaico-cristãos” ainda entende como normais.
Lutamos para que possamos ensinar as nossas crianças o que pensamos – em casa, na igreja e nas escolas. Que a família natural, constituída por pai, mãe e sua prole, deve ser defendida tenazmente. É na família que se aprende o amor verdadeiro, o amor ágape, definido pelos filósofos gregos como o amor desinteressado, amor que não exige contrapartida. É na família natural que se aprende a compartilhar, e onde os filhos aprendem pela observação como as gerações anteriores se entregam de corpo e alma, lutando arduamente para fazer florescer uma nova geração. É na família que conhecemos e aprendemos a preservar o que de melhor temos como seres sociais. Não podemos ser manipulados por artigos bem escritos, por “estudiosos” ou por personalidades do show business. Viva a família natural.
Robson A.D.
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