Uma nova Contra Revolução com ajuda dos militares, disputa nas urnas… Qual a opção da direita brasileira? O que a população pode esperar de seus líderes mais sensatos? Esses líderes existem?
Nos últimos meses cresceu muito o debate intelectual entre direita e esquerda no Brasil, o fracasso de “democracias” alinhadas com o discurso castrista e a prisão da cúpula petista tem colocado em cheque o que pregam os 'intelectuais" do PT e aliados, fazendo surgir grandes interrogações na mente de jovens e velhos brasileiros que se auto-proclamam como posicionados politicamente à esquerda. Adesões importantes tem contribuido para aumentar a ousadia dos conservadores – e somado muito para o debate – fazendo com que se torne menos depreciativo, ou fora de moda, se declarar de direita ou conservador. Podemos citar aqui os cantores Lobão e Roger e o entrevistador Danilo Gentili. Contudo, sabemos muito bem que o que vai definir o futuro do Brasil será o resultado das eleições, e não os debates entre teóricos de esquerda e direita.
A esmagadora maioria das pessoas que vai comparecer ao pleito de 2014 dificilmente lê livros que discorram sobre política e história. Estes, provavelmente nunca ouviram falar de Mises, Lênin ou Trotsky. Chê para eles é um jovem rebelde, à frente das ideias conservadoras de seu tempo, uma espécie de jovem intelectual e revolucionário, do bem. A maior parte da população que vai às urnas nunca leu o manifesto comunista e tem implantado em sua mente que tudo que é “do bem”, como qualidade de vida, poder aquisitivo, direitos das mulheres, liberdade de expressão, casamento gay, sistema de cotas, bolsa família, aumento do salário mínimo, copa do mundo e olimpíada, está ligado à esquerda. Essa parcela da população dificilmente será orientada a olhar um pouco para o norte e observar que os países onde predominam a liberdade e igualdade são aqueles que se posicionaram mais duramente contra os ideais Marxistas.
Infelizmente não há um plano para mudar os rumos que ora assume essa nação, nem a curto nem a médio prazo. A maioria das instituições que poderiam assumir a vanguarda desse batalha hoje prefere uma confortável posição de neutralidade. Não são colunistas como Reinaldo Azevedo e Rodrigo Constantino, teóricos como Olavo de Carvalho e Heitor de Paola ou sites como Mídia sem Máscara e Revista Sociedade Militar que vão nos conduzir a uma virada de mesa, precisamos muito mais do que isso. Eles são apenas grandes ferramentas de esclarecimento, não têm o poder da grande mídia e nem o dinheiro dos grandes partidos.
Podemos enumerar mais de trinta grandes comunidades de direta no ambiente virtual, elas somariam facilmente mais de dois milhões de visualizações por dia na internet e representam bem a parcela da população que abomina o que o PT e aliados têm (des)feito no país. Quando foi que os membros dessas comunidades se encontraram pessoalmente? Quando foi que conversaram pelo menos por telefone? Já pensaram na questão financeira e criaram um fundo? Os militantes de esquerda, por sua vez, pagam seu dízimo ao partido, realizam congressos, cursos, acampamentos, reuniões. Para agir no mundo real é preciso um contato além do virtual. Aí está uma sugestão importante.
Se a sociedade conservadora não se posicionar, unindo-se rapidamente em torno de objetivos bem traçados, o país certamente chegará aos anos trinta desse século em um estado lastimável e irreversível.
Não são os adjetivos que nos preocupam, pouco nos importa se o Brasil se auto declara como uma república democrática, socialista, social-democrata ou qualquer outro nome, o que importa é a forma como se conduz os pontos mais importantes. A Venezuela já foi lançada no caos, Argentina também, seremos os próximos? Um jornal norte americano publicou na semana passada: "O Brasil está se tornando Argentina, Argentina está se tornando Venezuela, e a Venezuela está se tornando Zimbábue". Esperamos que isso não seja profético.
O conjunto de bandeiras a defender é enorme, como unificaríamos isso? Quais são os principais pontos? Quem são nossos líderes? Quais serão as primeiras ações e como podemos contribuir? Aguardamos respostas e ações concretas.
Precisamos dessas respostas, rápido. Nossos filhos e netos correm um sério risco.{jcomments on}
Robson A.S. Cientista Social – Professor.
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