Numa sociedade confusa sobre o que é politicamente correto e o que é realmente correto, “rolezinho” nos shoppings viraliza na rede. Congresso já é citado como próxima vítima.
O que virou notícia essa semana ja assusta os grandes varegistas. As reuniões marcadas ja tem milhares de confirmações e a polícia de vários estados ja se prepara para reprimir hordas de jovens de classe baixa que ameaçam entrar nos shoppings para apenas "dar um rolezinho".
Grupos políticos da grande rede, como anonymous, já convocam a garotada para um rolezinho mais sério, no congresso nacional. Ainda não foram estipuladas as bandeiras a defender, mas a coisa já vai crescendo rapidamente. A polícia entrou em ação em São Paulo e os jovens que queriam entrar nos shoppings foram impedidos. No Rio a coisa parece que vai se agigantando. A sociedade está por um fio, todos percebem que algo está muito errado e a qualquer momento, onde menos se espera, a coisa explode.
No começo, os rolezinhos eram convocados por cantores de funk, em resposta a um projeto de lei que proibia bailes do estilo musical nas ruas da capital paulista. Agora, são promovidos por ativistas de movimentos sociais, como forma de protesto contra o suposto preconceito e segregação social. Mas os eventos viraram moda e romperam a fronteira de São Paulo. Em Porto Alegre, há dois eventos sendo convocados por meio Facebook: no Shopping Moinhos, no próximo domingo, e no Barra Shopping, em 1º de fevereiro.
Um vídeo que vem sendo compartilhado nas redes sociais pelos apoiadores do rolezinho é citado como exemplo da discriminação. Nas imagens, gravadas em 2011, alunos da Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (USP) tomam conta da praça de alimentação de um shopping, sem qualquer intervenção da polícia ou de seguranças privados. Os rolezeiros alegam que se fossem jovens da periferia que fizessem o mesmo seriam rapidamente expulsos do estabelecimento.
No último sábado, a Polícia Militar deteve três pessoas no Shopping Metrô Itaquera. Os jovens teriam furtado objetos. Em eventos anteriores, no entanto, mesmo sem registro de roubos ou de quebra-quebra, dezenas de "rolezeiros" foram levados para a delegacia.
Extrato da decisão do Juiz Alberto Gibin Villela, contra o "rolezinho ".
"A Constituição Federal estabeleceu direitos fundamentais a todos. Esses direitos importam também em obrigações a cada um, que tem o dever de olhar a sua volta para avaliar se a sua conduta não invade a esfera jurídica alheia. O Estado não pode garantir o direito de manifestações e olvidar-se do direito de propridade, do livre exercício da profissão e da segurança pública.
Todas as garantias tem a mesma importância e relevância social e jurídica. Neste contexto, DEFIRO A LIMINAR, para determinar que o movimento requerido se abstenha de se manifestar nos limites da propriedade do autor, quer em sua parte interna ou externa, sob pena de incorrer cada manifestante identificado na multa cominatória de R$ 10.000,00 por dia. Comunique-se às autoridades policiais para que tomem todas as medidas necessárias para impedir a concretização do movimento no espaço pertencente ao autor e garantir a segurança pública e patrimonial dos clientes, comerciantes e proprietários do centro de comércio autor."
Abaixo, chamada para o "rolezinho" no Plaza de Niterói – RJ, no próximo 18/01/2013. E comentário sobre outro evento, marcado para o TOp Shopping, em Nova Iguaçú – RJ.
Diante do caos generalizado tudo pode acontecer. Um grande grupo de jovens, oriundos de comunidades populares ou não, gritando e dançando funk em praças de alimentação – que não são feitas para isso – certamente incomoda muito. Os shoppings também são frequentados por famílias, crianças e idosos. Se estivesse com minha família eu iria embora rapidamente de um lugar em que isso ocorresse, e não iria lá de jeito nenhum se soubesse que há um evento marcado.
Ha vários personagens nessa celeuma. Logistas e funcionários que desejam vender seus produtos, famílias que vão ao shopping para adquirir esses produtos, e os “rolezeiros”, que vão aos estabelecimentos não para comprar, mas para “combater a discriminação social” gritando e dançando funk. Todos acham que estão no seu direito.
Alguns cientistas sociais da ala dos politicamente corretos ja avisam de antemão – tentando intimidar – que o rolezinho não pode ser tratado como arrastão. Ok. Mas qualquer um que furtar, e fizer baderna tem que ser tratado sim como um infrator. Se querem ser vistos como pessoas normais, como cidadãos, basta que se comportem como tal.
Esperamos que esses adolescentes não sejam manipulados por algum grupo de espertalhões e causem uma grande tragédia.
https://sociedademilitar.com.br
Robson A.Silva.
C.Social.