Querem a cabeça do General Enzo. Seria ele tão frágil assim?
Semana passada alguns jornais, físicos e online, fizeram o maior escarcéu em torno da divulgação de uma ordem por escrito do Comandante Enzo. No documento ele determinava que todas as respostas à questões sobre o regime militar deveriam ser respondidas pelo Gabinete do Comandante do Exército. Qualquer pessoa com pelo menos dois neurônios pode perceber claramente que todos os militares de uma instituição como o exército, com a credibilidade que possui diante da opinião pública, têm que falar a “mesma língua”. A ordem de Enzo na verdade foi redundante, pois já é praxe que comandantes de unidade informem ao Comando do Exército quando há questionamentos que podem repercutir nacionalmente, como é o caso.
Pois é, como se não bastasse os artigos em si, sem embasamento e importância alguma, o site 247 ainda tenta fazer crescer o negócio. O jornal online divulgou hoje que um grupo pede a demissão de Enzo e teria feito um abaixo assinado que conta com o estupefaciente número de 30 pessoas.
O texto endossado por essas trinta pessoas afirma que o militar, que proibiu subordinados de dar informações sobre crimes nas dependências da corporação no período, “zomba do ordenamento jurídico e da luta por memória, verdade e justiça”.
O 247 afirma que houve a adesão de "entidades como o grupo Tortura Nunca Mais", mas não cita o nome das outras supostas entidades que teriam também pedido a demissão do Comandante do Exército.
Parece mais um abaixo assinado do naipe daquele que 300 intelectuais petistas assinaram contra Joaquim Barbosa.
Se abaixos assinados e petições online valessem alguma coisa ja teriam cassado a medalha de José Genoíno. Uma petição na avaaz pede ao mesmo General Enzo que inicie a cassação da Medalha do Pacificador de José Genoino. Ela foi assinada por mais de 700 pessoas, muito mais do que a multidão de 30 insatisfeitos citados pelo site 247.
Veja: Miriam leitão diz que militares de hoje apoiam tortura.
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