A loucura tomou conta do país. A decepção tem feito algumas pessoas transitar entre a realidade e a utopia. Gente correndo pelada, oficiais de araque e até grupos pregando Morte aos Comunistas. Alguém pode levantar a placa “Precisa-se de um LÍDER”?
Recebemos nos últimos dias textos sobre militares da ativa que estariam a serviço de uma INTERVENÇÃO MILITAR. Alguns deles: Capitão General Marcio Von Brenner e capitão Paulo Elias Freitas Junior.
O primeiro deles, o tal General Von Brenner, publicou um texto que fez certo sucesso, e foi republicado por sites de grande relevância, como o exelente Pequenas Histórias do Capitão Pimentel, e Até o Alerta Total, de J.Serrão. No seu texto o tal “general dizia”:
“Temos recebido informações diárias sobre a atuação deste governo a respeito de sua malfadada política externa, sobre a formação de grupos guerrilheiros em nossas fronteiras ao norte do país, sobre o planejamento de grupos espúrios para atuarem contra as nossas manifestações … afim de transformar o exército destes países num único exército na América do Sul… Diante de toda esta situação, informamos que o Pentágono está acompanhando com preocupação o movimento político de toda a UNASUL no qual somos o país líder….”
Fizemos a primeira denúncia sobre o cara de pau aqui, algum tempo depois o JB online publicou um artigo com base no nosso (foto). Após nossa denúncia a fanpage desse suposto general, que se chamava ORDEM NEGRA, “desapareceu” do facebook.
Ontem (11/11/2014) recebemos um e-mail que divulga carta, já publicada em vários sites, novamente inclusive alguns com alta credibilidade (até hoje), de suposto capitão que comandaria um batalhão de fronteira em Corumbá. De antemão avisamos que o comandante do 17ºbtl é um Ten. Coronel. Vejam o texto do "oficial", que dá o nome completo, depois conversamos.
Olá. Meu nome é Paulo Elias Freitas Junior. Atualmente, sou Capitão do Exército Brasileiro. Me formei na Academia Militar das Agulhas Negras no ano de 2005. … nunca vi tamanha comoção popular para um novo contra-golpe, como foi em 1964. E não só a população, mas dentro da própria caserna, vemos militares cada dia mais "injuriados… A senhora Dilma Rousseff, que por sinal foi um dos braços armados contra o governo Militar, tenta de todas as formas colocar o povo, o NOSSO povo, que tanto defendemos contra nós. E digo uma coisa, AINDA ESTAMOS DE PÉ. Ainda estamos aqui pela população. Não lutamos pelo governo, não lutamos pelo PT, e com certeza não lutamos pelos comunistas. Lutamos por vocês, brasileiros, pessoas dignas e que não merecem o futuro assustador que o governo está tentando nos levar. Capitão Freitas – Infantaria. Exército Brasileiro, Braço Forte, Mão Amiga. BRASIL, ACIMA DE TUDO! REAGE BRASIL.
Em momentos de crise, grande comoção, ou politizaçao da sociedade, ha sempre o risco de que surjam radicais. Radicalismo gera mais radicalismo. Ja ouviram falar em Malta? Resumidamente falando, é um grupo de maria-vai-com-as-outras que se junta e age de forma irresponsável e covarde se escorando na multidão que age igual. Quem trata muito bem desse assunto é Elias Canetti, teórico que todo ativista devia ler.
Como o ativismo político no Brasil até bem recentemente era propriedade da esquerda, os loucos e extremistas radicais, como o que cuspiu em idosos em frente ao clube militar, eram quase sempre sua exclusividade. Contudo, vivemos novos tempos, a sociedade esclarecida chegou ao limite de sua paciência e aos poucos sai de dentro de casa. A maioria se atém a protestos racionais, são apologetas da mudança por meios democraticos e racionais. Mas, ha uns poucos que nos mostram que já ha necessidade de auto-policiamento. Se isso não for feito rapidamente, ha sério risco de que ponha-se tudo a perder, e até que essas pessoas acabem gerando situações lamentáveis.
Como se não bastasse o árduo papel de orientadores nessa árdua jornada para a construção de uma oposição verdadeiramente fundamentada, os teóricos que constroem a oposição literalmente lutam agora, curiosamente, para aplacar os ânimos desses mais exaltados.
Por incrível que pareça, ha gente que fala abertamente em matar, guerra e "liberdade ou norte". Destilam o ódio como se o país vivesse uma situação fora de controle. Estes acabam por fornecer combustível para ataques mortais da esquerda.
Nenhum grupo, nenhum partido, de direita, centro ou esquerda, legalizado ou em formação, pode compactuar ou permitir a presença de pessoas com esse tipo de comportamento. "Gerentes" de manifestações, que geralmente discursam em cima dos carros de som, também têm que se apressar em acabar com isso. Esse talvez seja o lado obscuro e mais perigoso da nova oposição em formação, onde alguns fazem incitação ao crime, à reação armada e imposição de uma idéia que não é e nunca será majoritária entre aqueles que se opõem ao atual re-governo.
Para esse tipo de extremista qualquer um que prefira a via democrática, é um covarde, fraco, desinformado etc.
Sim, somos contra os desmandos, a corrupção e o desgoverno. Mas nunca compactuaremos com qualquer incitação a volência e formação de grupos paramilitares. Lembremos sempre que Verdade e honestidade são princípios inegociáveis. Acreditamos que qualquer um pode pedir qualquer coisa. A presença do povo nas ruas é sim importante. Peçam ajuda aos militares caso achem que a soberania foi aviltada, peçam que General Heleno seja presidente, peçam que Bolsonaro seja ministro da defesa, peçam julgamento/Impeachment se acham que houve crime, peçam devassa no TSE e o que mais qualquer um achar necessário. Mas que isso seja feito por vias pacíficas, democráticas e dentro do que prescreve a LEI.
Por conta desse tipo de advertência últimamente a Revista Sociedade Militar, publicação das mais vigilantes e rigorosas em relação à atuação do atual governo, tem sido criticada por alguns mais radicais, ou precipitados talvez. Porém, manteremos essa linha de ação, alcançamos algumas centenas de milhares de pessoas semanalmente, e seria irresponsabilidade de nossa parte agir de outra forma.
Veja aqui o texto CONSEQUENCIAS DE UMA INTERVENÇÃO MILITAR.
Tempo e esforço, que poderiam ser aplicados em ações no sentido de combater o projeto totalitário em curso, acabam por ser despendidos nesses atrapalhos que, poderiam ser evitados apenas com um pouco mais de maturidade. Contudo, cabe sim aos formadores de opinião aparar essas arestas ainda na gênese. Todo nosso apoio a eles.
Para atestar a veracidade dessas colocações, vejam abaixo algumas imagens colhidas no twiter e facebook. Dignas da mais veemente reprovação.
O general Paulo Chagas diz em sua mensagem de vídeo.
… A rejeição e a contraposição ao projeto de poder total em curso no Brasil devem ser feitos pelo emprego prioritário dos argumentos e da exigência feita às autoridades e aos representantes da oposição no Congresso de que haja investigação e comprovação dos malfeitos que empobrecem a nação e que querem submetê-la aos propósitos do Foro de São Paulo, inspirados no modelo castrador, incompetente e ultrapassado pelo qual a família Castro distribui a pobreza e aprisiona a liberdade ma ilha de Cuba. Nenhuma ditadura serve para o Brasil. Vivemos portanto, empenhados pela preservação dos princípios liberais da democracia brasileira, de forma a impedir que aqui se instale o regime obscuro que já se instalou em alguns de nossos vizinhos.
Olavo de Carvalho, Lobão e Reinaldo Azevedo também são alguns dos que tem dedicado algum tempo em aparar esses arroubos de extremismo que já surgem em meio à sociedade que se levanta para mudar o curso dos acontecimentos.
Veja aqui o texto CONSEQUENCIAS DE UMA INTERVENÇÃO MILITAR.
Robson A.D.Silva. Cientista Social. Revista Sociedade Militar.