Paulo Ricardo da Rocha Paiva – Coronel – EB
Para mim, somam como preocupantes as seguintes respostas e frases do novo comandante do Exército da Pátria, mesmo que antes ainda da sua assunção de comando. De qualquer forma, rezo para e tenho fé que o Exmo. Sr. General-de-Exército Villas Bôas, interpretando a ânsia de seus soldados pelo resgate do auto respeito da Instituição, constantemente vilipendiado pela governança comunopetista, saberá repensá-las.As 5 (cinco) primeiras indagações que comento têm como Fonte a Agência Senado.
1-Como o senhor avalia a política indigenista brasileira?
Há dois problemas. E não estou fazendo críticas ao governo (Meu comandante, quanta preocupação com a governança comunopetista! Que se diga, os algozes de nossa força encastelados no governo petista, em absoluto, não merecem tanta deferência de vossa parte)…
2-Qual é o papel das ONGs estrangeiras na Amazônia?
Além de tudo que representa, a Amazônia tem um papel muito grande na integração sul-americana. Ela abriga a solução para alguns dos grandes problemas que afligem a humanidade, como água, energia renovável, biodiversidade, mudança climática. Isso justifica (???????) toda essa pressão em torno da Amazônia que faz a opinião pública internacional (Meu general, aposto que vossa excelência concorda que, para um brasileiro, qualquer pressão sobre a Amazônia por estrangeiros é injustificável e deve ser repudiada de pronto. SELVA!). Nesta semana, o governo está passando leis no Congresso estabelecendo mecanismos de controle mais rígidos sobre as ONGs do ponto de vista da movimentação financeira. Não é o caso de estigmatizar as ONGs (????????), elas vieram preencher espaços e atender necessidades da população que nem o primeiro nem o segundo setores têm capacidade de atender (Comandante! Por Deus! Por que ainda existem inúmeras ONGS que são verdadeiros “cavalos de Tróia” infiltrados na região e a soldo de grandes e notórios predadores militares?). Mas há coisas fora de controle, e a gente fica numa insegurança, não sabe quem são, quais os objetivos (???????? Meu comandante! Com todo o respeito, é impossível que a 2ª Seção do CMA ainda não tenha levantado quais são e os objetivos escusos destas organizações de “quinta-coluna”. Pelo menos os relatórios das seções de informação de 5-cinco- brigadas de infantaria de selva, volta e meia, se reportam às atividades deletérias dessas ONGS. Não falo isso da boca para fora, fui comandante de BIS e chefe de estado-maior de 2 (duas) brigadas de infantaria de selva, uma em Tefé/AM e a outra em Marabá/PA).
3) Qual é a sua opinião sobre o programa Mais Médicos?
No interior não tem médico. Realmente é uma necessidade. (Meu general, por favor, mas não com paramédicos cubanos. Acredite, são mais de 6000, tendendo chegar a 11 000! Isto é uma temeridade! Só o CMA, até pouco tempo,tinha apenas 25 000 homens e isto que o percentual ideal para fazer frente a umaforça de guerrilha é de 10 soldados para 1 guerrilheiro. Vossa excelência, meupreclaro general, não acha que acrescentar esse pormenor seria por demais significativo?).
4) Em 2005, o então comandante do Exército, General Albuquerque, disse ‘o homem tem direito de tomar café, almoçar e jantar, mas isso não está acontecendo [no Exército]’. A realidade atual mudou?
Mudou muito. O problema é que o passivo do Exército era muito grande, foram décadas de carência. Desde 2005, estamos recebendo muito material, e agora é que estamos chegando a um nível de normalidade e começamos a ter visibilidade. Não discutimos mais se vai faltar comida, combustível, não temos mais essas preocupações (Meu comandante! Só Deus sabe à custa de quantos sapos engolidos. Que não se duvide, uma musculatura que trocaaltivez por meios mínimos, tão somenteaqueles -comida e combustível- que qualquer governo tem a obrigação de fornecer às suas FFAA. Isto sem falar que hoje, agora, o Exército ainda não dispõe dos meios que se fazem necessáriospara dissuadir qualquer intervenção “humanitária/ecológica”, que pode, a qualquer momento, ser concretizada pelos grandes predadores militares, em nome da tão invocada “comunidade internacional, justo na área daquele grande comando).
5) O senhor tem acompanhado a Comissão da Verdade?
Como profissional e militar, me interesso, sim. Mas na minha instância, institucionalmente, não há nenhuma implicação para nós. (Com todo o respeito que tenho a vossa excelência, mas uma resposta, no mínimo melancólica, esmaecida e decepcionante, deste teor, não faz justiça aos veteranos da guerra contra os comunoterroristas que ensanguentaram a nação há “50” anos passados, para que nós, então capitães e tenentes, ministrássemos, tranquilos, os assuntos de instrução previstos nos quadros de trabalhos semanais em corpos de tropa por esse Brasil afora. A resposta dada não honra o juramento -que foi esquecido por tantos chefes- de um outro general Albuquerque, justo aquele Walter Pires de Carvalho e…., que disse: -“Estaremos sempre solidários com aqueles que, na hora da agressão e da adversidade, cumpriram o duro dever de se oporem a agitadores e terroristas, de armas na mão, para que a Nação não fosse levada à anarquia. ”).
6) Em entrevista à Rádio Gaúcha, no dia 7 de janeiro de 2015, quando perguntado sobre o “Impacto da Comissão Nacional da Verdade, disse está assimilado (Meu general, Santo Deus! O que está assimilado? Somente o impacto do conteúdo das “meias verdades” ou as recomendações “revanchistas”do verdugo Pedro Dallari?) e o relatório foi publicado e estamos trabalhando dia a dia (Trabalhando no que meu comandante? Na mudança dos currículos das academias militares ou deixando para trás os irmãos em armas que combateram na guerra subversiva?) ajudando a preservar o país (A preservar o País do que meu general? Da reação contra o comunopetismo ou do próprio comunopetismo? Não está faltando a definição por vossa excelência?), e órgãos do governo a atuarem e não vamos perder este foco (Meu general, não precisaria ser caracterizado o “foco”, se do governo ou do Exército? A propósito, qual é o foco da governança comunopetista? Para muitos é livrar-se da investigação da Operação Lava Jato, para outros tantos é manter o país na esbórnia, assim como manda a estratégia “gramscista” de tomada do poder.).
Deixo as ditas assertivas para quem desejar pensa-las, avalia-las e pesa-las no ambiente que vai ser vivenciado em Ministério da Defesa, que tem à sua frente titular da pasta de currículo nada recomendável para o exercício de função que, deve ser enfatizado, é de tamanha dimensão estratégica. De qualquer forma, rezo para e tenho fé que o Exmo. Sr. General-de-Exército Villas Bôas, interpretando a ânsia de seus soldados pelo resgate do respeito à Instituição, constantemente vilipendiado pela governança comunopetista e politicalha, se empenhará em repensá-las.
Paulo Ricardo da Rocha Paiva – Coronel de Infantaria e Estado-Maior
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