O OCASO DAS VOZES GUERREIRAS
Prezados companheiros da luta, o terceiro milênio já vai somando vinte anos e as muito poucas vozes guerreiras, que acordam e dormem pensando na defesa nacional, estão chegando no ocaso de suas existências. A maioria delas, que não soma os cinco dedos das mãos, ultrapassando a casa dos “setenta/oitenta” anos de idade, muito carente de personalidades mais graduadas, alguns oficiais-generais que tenham alcançado o último posto da hierarquia, que tomem as rédeas da luta que, praticamente, somente alguns solitários passaram a travar na mídia, a partir dos anos “2000”. Há que se substitui-los neste bom combate, devendo o seu “alerta” permanecer no tempo e no espaço.
Em verdade, em que pese o esforço inaudito, praticamente nada de concreto se logrou até os dias de hoje, com a nação sendo mantida tiranicamente indefesa, com suas fragilidades, no campo militar do poder, expostas sem nenhuma evolução positiva do “status quo” engolido desde 1985. Pois essas vozes guerreiras estão precisando, por enquanto, de apoio, de reforço, mas chegará o dia que, para sempre, não se farão mais ouvir, sendo necessário sua substituição inapelável.
Por isso mesmo, não se pode deixar que campanhas pertinentes, atualmente circulando pelas redes sociais, percam o pouco da força que lograram até o presente momento sem um maior engajamento, em particular e principalmente, dos militares da reserva, no repasse mais amplo, geral e irrestrito, inclusive das matérias avulsas que tratem desta problemática, mais do que vital para um porvir de soberania plena pela nacionalidade brasileira.
O engajamento de mais alguns, poucos que sejam, vai contribuir sobremaneira para se continuar abrindo os olhos da sociedade. Não se omitir, contribuir de quando em vez com suas coletâneas. O assunto é inesgotável e as fontes para compilação de matérias/artigos correlelatos são muitas. A luta insana precisa da participação de quantos puderem prosseguir na missão. Com certeza Deus, que é brasileiro, os iluminará nesta verdadeira guerra que farão com suas participações esporádicas pipocando nas redes sociais de quando em vez, até mesmo comentando, esclarecendo ou criticando. Ter sempre em mente que a ação psicológica do agente propagandista repassador é tão importante quanto a do articulista autor de textos, ambas são complementares e inseparáveis de forma a se propiciar uma evolução/mudança de mentalidade na opinião pública.
Permanecer passivamente em casa sem ter o que fazer, a cabeça ruminando sobre divagações as mais diversas, quando podemos unir o “útil de uma contribuição efetiva para o bem do País” ao “agradável de uma atividade produtiva que nos mantenha ocupados diariamente”, certamente, constitui uma avaliação que precisa ser feita por todos aqueles que ainda desejam fazer alguma coisa em prol deste nosso Brasil, tão carente de vozes que peleiem pelo ideal de uma naçào armada que não precise baixar a crista quando confrontada por grandes e ameaçadoras potência militares que ousem nos ameaçar. Enfim, que esta convocação seja abençoada pelo invencível Senhor Deus dos Exércitos. Que ELE faça reacender a capacidade esquecida de tantos soldados, marinheiros e aviadores, de influenciar nos destinos deste grande e “impávido colosso” ainda indefeso.
Paulo Ricardo da Rocha Paiva / Coronel de infantaria e Estado-Maior