Segundo nota na revista PIAUÍ, publicada nesta quarta-feira (5 de agosto de 2020), o presidente Jair Messias Bolsonaro esteve muito perto de enviar tropas das Forças Armadas para destituir do cargo os ministros do STF. Segundo a revista, as fontes que são em número de quatro e teriam pedido anonimato, contaram que no dia 22 de maio, após o Presidente da República ser informado que Celso de Mello considerava a possibilidade de autorizar a apreensão do seu aparelho de telefone celular, acreditou que a audácia do SUPREMO teria ultrapassado em muito todos os limites concebíveis e achou que seria necessário então intervir.
Numa reunião urgente, da qual participaram Walter Braga Netto, e o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos , Augusto Heleno, André Mendonça (Justiça), Fernando Azevedo e pelo advogado-geral da União, José Levi, Bolsonaro – segundo a Piauí – foi dissuadido da medida e, pouco depois, ainda na mesma data, foi publicada a nota à nação brasileira escrita pelo general Augusto Heleno que avaliava a possibilidade de apreensão do celular de Bolsonaro como “inconcebível e, até certo ponto, inacreditável”.
Diz a revista Piauí: “Bolsonaro queria mandar tropas para o Supremo porque os magistrados, na sua opinião, estavam passando dos limites em suas decisões e achincalhando sua autoridade. Na sua cabeça, ao chegar no STF, os militares destituiriam os atuais onze ministros. Os substitutos, militares ou civis, seriam então nomeados por ele e ficariam no cargo “até que aquilo esteja em ordem”, segundo as palavras do presidente. No tumulto da reunião, não ficou claro como as tropas seriam empregadas, nem se, nos planos de Bolsonaro, os ministros destituídos do STF voltariam a seus cargos quando “aquilo” estivesse “em ordem”.
A reportagem completa está em: https://piaui.folha.uol.com.br/materia/vou-intervir/