PROJETO PARA MODERNIZAÇÃO VIATURA BLINDADA RECONHECIMENTO CASCAVEL
TEXTO Base no site DEFESANET – O Diário Oficial da União trouxe no dia 26 de fevereiro de 2021 (sexta-feira) o convite para as empresas para participarem do RFI – Request for Information para a modernização da Viatura Blindada de Reconhecimento VBR EE-9 Cascavel.
COMENTÁRIO – Nada contra se, primeiro, muito antes, para ontem, fossem priorizadas as “225” viaturas plataformas ASTROS II para comporem as “15” baterias de vetores balísticos VDR- 1500/2500 KM, de importância vital, urgente e emergencial, visualizadas para guarnição do arco defesa alado iniciado em TABATINGA/AM e finalizado em RIO GRANDE/RS. No momento, muito mais do que viaturas blindadas de reconhecimento/VBR, armadas com canhõezinhos de alcance ínfimo, sem nenhum efeito dissuasório extrarregional, estamos precisando de poder de fogo definitivo, contundente, persuasivo face aos todo poderosos oponentes que continuam a nos ameaçar, provocando reações despropositais de “quem não se garante”. Em verdade, cada vez mais, cresce a descrença quanto ao que representa para os brasileiros um Ministério da “Indefesa” tão avesso a encarar realidades nuas e cruas, verdades claras , indiscutíveis e insofismáveis. Que se pergunte: quando, onde e para que? Quando o inimigo estiver concluído seu desembarque? Nos eixos da direção estratégica de atuação de suas colunas blindadas? Para retardar o oponente não detido, em alto mar, porque descuidamos quanto a dispor de um poder de fogo dissuasório e definitivo? Ora, ora, vamos e convenhamos!
TEXTO – Em 11 de Dezembro de 2020, o Estado-Maior do Exército aprovou a Diretriz de Iniciação do Projeto de Modernização da Viatura Blindada de Reconhecimento EE-9 Cascavel e criou equipe para a realização do Estudo de Viabilidade e elaboração da Proposta de Modelo de Obtenção para o Projeto. O objetivo era modernizar 201 Viaturas Blindadas de Reconhecimento VBR EE-9 Cascavel. Agora a perspectiva é de modernizar uma faixa de 98 a 201 unidades. O programa é parte do Subprograma Forças Blindadas, anteriormente chamado de Nova Couraça.
COMENTÁRIO – É simplesmente espantosa a “criatividade” na denominação de projetos que não representam nada, absolutamente nada em termos defensivos estratégicos. Um dia o País vai lamentar a falta de tirocínio objetivo dos que deveriam guardar e manter incólume a nossa soberania. Com todas as honras e sinais de respeito, é de se perguntar: quando o Estado-Maior do Exército vai aprovar uma “Diretriz de Seriedade no Trato da Capacitação da Força Terrestre”, para um real, efetivo e eficaz cumprimento de sua missão principal, qual seja a de defesa da Pátria; quando vai deixar de se enganar priorizando o complementar no lugar do primordial; quando vai colocar em prática seu “alto saber”, valorizando o aprendizado em seus estabelecimentos de ensino, todos de excelência comprovada na transmissão do conhecimento profissional pertinente às ciências militares; resumindo, quando vai fazer jus ao designativo “Comando e Estado-Maior”?. É preciso que se diga, a nação vai pagar caro nos próximos conflitos, com certeza, que vamos enfrentar mais menos dias, mas também vai cobrar a omissão, a negligência e a imprudência dos profissionais das armas responsáveis pela irresponsabilidade.
<span;>CONCLUSÃO – Em verdade, que ninguém se engane, nem este Projeto “CASCA VELHA” nem o já mais do que comentado Projeto “GUARANÁ”, os dois não representam nada para o “estágio de dissuasão extrarregional”. Sim porque não há como desdizer a realidade nua e crua quanto ao injustificável desperdício de recursos. Ah, mas que chamam atenção numa parada militar, disto não tenhamos dúvida. A platéia de paisanos vai ficar extasiada com a enganosa “douração de pílula feita para inglês ver”.
Paulo Ricardo da Rocha Paiva Coronel de infantaria e Estado-Maior
Texto base: https://www.defesanet.com.br/fb/noticia/39816/Forca-Blindada–RFI-Projeto-de-Modernizacao-da-VBR-EE-9-Cascavel