História administrativa do Navio Aeródromo São Paulo
O porta aviões São Paulo acaba de ser vendido em um leilão, uma das cláusulas do contrato de aquisição constante do projeto básico para a alienação feito pela ENGEPRON diz que o processo é exclusivamente para desmontagem e reaproveitamento do material. Portanto, discursos em torno de sua reutilização como navio de treinamento ou mesmo um museu demandam ainda maiores entendimentos com a Marinha do Brasil e – quem sabe – com a marinha de guerra da França.
HISTÓRIA ADMINISTRATIVA DO NAE SÃO PAULO
O Navio Aeródromo São Paulo – A 12, ex-Foch – R 99, ex-Richelieu, é o quarto navio da Marinha do Brasil a ostentar esse nome em homenagem ao Estado e a cidade de São Paulo. Foi construído pelo Chantier de l’Atlantique, em St. Nazaire, França.
Em agosto de 2000, depois de mais de um ano de negociações, foi assinado um acordo entre o Brasil e a França quanto a compra do NAe Foch, sendo que antes já haviam sido consideradas as hipóteses de se construir um navio de projeto espanhol ou até como chegou a ser ventilado nos meios da comunidade naval, adquirir o ex-USS Saratoga – CV 60, já desativado pela U.S. Navy. O contrato de compra do Foch foi estimado em 300 milhões de francos ou 12 milhões de dólares, incluídos nesse total os custos dos trabalhos no Arsenal de Brest e o término da retirada dos isolamentos de amianto existentes no navio, já vinham sendo realizados a três anos. Em 4 setembro de 2000, o Foch iniciou em Toulon o processo de adaptação para transferência a Marinha do Brasil, tendo a partir dessa data, já incluídos em sua tripulação os primeiros marinheiros brasileiros que iniciaram assim o processo de familiarização com o navio, num total que chegou a 50 oficiais e 250 praças.
Em 15 de novembro de 2000 foi realizada em Brest a cerimônia de transferência e incorporação a Marinha do Brasil do Navio Aeródromo São Paulo, ex-Foch, em cerimônia presidida pelo CEMA Almirante-de-Esquadra José Alberto Accioly Fragelli, e que contou com a presença do CMG (MN) Bertrand Aubriot, comandante do Foch e do Almirante-de-Esquadra Jean-Louis Battet, Major General de la Marine Française. Naquela ocasião, assumiu o comando o Capitão-de-Mar-e-Guerra Antônio Alberto Marinho Nigro.
Distintivo do Nae São Paulo
A oficialidade que serviu no recebimento do São Paulo
– CMG Antônio Alberto Marinho Nigro – Comandante
– CF Paulo Roberto de Souza Romero – Imediato
– CF José Luiz Ribeiro Filho – Chefe do Depto. de Operações
– CF Marcos Thadeu Nazareth Ramos – Chefe do Depto. de Maquinas
– CF Renato Regino Wall – Chefe do Depto. de Aviação
– CC José Armando Leite Fernandes – Chefe do Grupo de Operações Aéreas
– CC João do Espirito Santo Lima – Chefe do Grupo de Manut. de Aviação
– CC (MD) Antônio Guilherme Costa Ruf – Chefe de Depto. de Saúde
– CC Marcos Borges Sertã – Chefe do Grupo de Propulsão
– CC Tuxaua Quintella de Linhares – Chefe do Depto. de Armamento
– CC (IM) Fábio César Kothe Jannuzzi – Chefe do Depto. de Intendência
– CC Mário Jorge Menezes Cardoso – Chefe do Grupo de Manobras de Aeronaves
– CC Linneu Bartlett James Netto – Chefe do Depto. de CAV
– CC Mário Rubens Giordano Simões – Chefe do Grupo de Comunicações
– CC Ezio Demarco Júnior – Chefe do Depto. de Navegação
– CT Ken Willians Schonfelder – Chefe do Grupo de Eletrônica
– CT José Henrique Sá Guimarães Cardoso – Chefe do Grupo do COC
– CT Leonardo Geraldo Mesquita – Chefe do Grupo EL
– CT Sérgio Renato Berna Salgueirinho – Enc.Div O-4
– CT Cláudio da Costa Reis de Sousa Freitas – Enc.Div. O-3
– CT (IM) Alexandre Lobão da Silva – Enc.Div. I-1
– CT Flávio de Jesus Costa – Enc.Div. O-2
– CT Mário Luiz Piccirillo – Chefe do Grupo das Auxiliares
– CT Danilo Guedes Ramos – Enc.Div. O-7
– CT Carlos Alberto Coelho da Silva – Enc.1ª Div.
– CT Alexandre Tito dos Santos Xavier – Enc.2ª Div.
– CT Marcos Ulisses Diniz Sobreira – Chefe do Grupo de CAV
– CT Luis Felipe Monteiro Serrão – Enc.3ª Div.
– CT Ricardo Silva Pinheiro de Souza – Enc.Div. V-3
– CT Mário Ramalho Franklin – Enc.Div. M
– CT Wilson Renato Reis – Enc.Div. C
– CT Marcelo da Silva Adriano – Aj. da Div. O-2
– CT Cláudio Alvarez Simões – Enc.Div. O-1
– CT Hermes Pacheco Pereira de Oliveira – Enc.Div. A
– CT Márcio Costa Lima – Enc.Div. V-1
– CT Cláudio da Silva Tavares – Aj. da Div. M
– CT (IM) Sérgio Nahal de Souza – Aj. da Div. I-1
– CT Fábio da Silva Andrade – Aj. da Div. C
– CT (CD) Lenir de Souza – Enc.Div. S-3
– CT Dario Antônio Leite Martins de Sant’anna – Enc.Div. V-6
– CT Alexandre Itiro Villela Assano – Enc.Div. V-4
– CT (IM) Anderson Jorge Lopes Brandão – Enc.Div. I-2
– CT Jorge João Cabral de Oliveira – Enc.Div. E-1
– CT Lúcio Marques Ribeiro – Enc.Div. E-2
– CT Alexandre Amendoeira Nunes – Enc.Div. V-2
– CT (IM) Luiz Gustavo Magalhães Schwan – Enc.Div. I-4
– CT (IM) Alexandre Daudt dos Reis – Enc.Div. I-3
– 1º Ten Sebastião Simões de Oliveira – Enc.Div. de Navegação
– 1º Ten Rodrigo Metropolo Pace – Aj. da Div. O-3
– 1º Ten Marcelo do Nascimento Marcelino – Aj. da Div. O-4
2001
Entre 16 de novembro e 31 de janeiro, foram realizados no estaleiro da DCN em Brest, trabalhos que incluíram a reforma de dois aparelhos dos cabos de frenagem, reparo em uma das seis caldeiras a vapor, e a revisão do espelho de pouso.
Em 25 de janeiro, realizou testes de maquinas ao largo de Brest.
Em 1º de fevereiro, as 12:00 hs, partiu de Brest com destino ao Brasil, tendo a bordo 600 marinheiros brasileiros e 16 franceses que deram assistência na operação de alguns equipamentos durante a travessia.
Entre 7 e 9 de fevereiro, escalou em Dakar (Senegal) para reabastecimento.
Em 16 de fevereiro, reuniu-se ao largo da costa do Rio de Janeiro, aos navios do GT 802.1 organizado para recebe-lo na chamada Operação ARRIVEX, e que era integrado pelo NAeL Minas Gerais – A 11 (capitânia), F Liberal – F 43, Greenhalgh – F 46 e Rademaker – F 49, Cv Frontin – V 33 e o CT Pernambuco – D 30.
Em 17 de fevereiro, por volta das 11:30hs, entrou na Baia da Guanabara, fundeando próximo a Escola Naval, sendo visitado pelo Ministro da Defesa (MD) Geraldo Quintão, pelo Comandante da Marinha, Almirante-de-Esquadra Chagasteles, pelos Comandantes do Exercito e da Aeronáutica, e os ex-Ministros da Marinha, Almirantes Alfredo Karam, Henrique Sabóia e Ivân Serpa.
Entre 09 de abril e 22 de junho, realizou Comissão de Inspeção e Assessoria de Adestramento (CIAsA).
Em 27 de abril, no final da tarde partiu do Rio de Janeiro iniciando a Operação INCORPOREX, capitaneando um GT composto pelas Fragatas Niterói – F 40 e Rademaker – F 49. Ainda nesse dia embarcou por via aérea o Sr. Presidente da Republica Fernando Henrique Cardoso, que pernoitou a bordo realizando a travessia Rio-Santos.
Em 28 de abril, chegou na barra de Santos as 06:00hs, atracando por volta das 08:30hs. A partir das 10:00hs, em cerimônia realizada a bordo, presidida pelo Presidente da Republica, com a presença do Ministro da Defesa Geraldo Magela da Cruz Quintão, do Comandante da Marinha Almirante-de-Esquadra Sérgio Gitirana Florêncio Chagasteles e demais autoridades civis e militares, o São Paulo foi transferido da Diretoria Geral de Material da Marinha (DGMM) para o Comando de Operações Navais (ComOpNav), e deste para o Comando-em-Chefe da Esquadra (ComenCh) em cumprimento a Portaria Nº 94/MB do Comandante da Marinha, de 19/04/2001.
Em maio, foi realizada a comissão CATRAPO I, com os primeiros toques e arremetidas dos caças AF-1 Skyhawk.
Em 30 de julho, ocorreu o primeiro pouso a bordo de um AF-1 Skyhawk.
Em 1º de agosto, foi feito o primeiro lançamento pela catapulta de avante, e no dia 3, outro lançamento empregando a catapulta lateral. Nessa comissão foram realizados um total de 21 pousos e decolagens, para validação dos Boletins de Lançamento e Recolhimento.
Entre 30 de agosto e 3 de setembro, entre o Rio de Janeiro e Cabo Frio, concluiu o adestramento de pilotos e equipagens de aviões e helicópteros e o Programa de Validação dos Boletins de Lançamento e Recolhimento (BLR) de aeronaves AF-1 . Nessa comissão no dia 30, foram realizados os primeiros pousos enganchados de aeronaves AF-1 (N 1009 pilotado pelo CT José Vicente Alvarenga Filho, e N 1014 pilotado pelo CT Fernando Souza Vilela) pilotadas por AvN brasileiros. No dia 31 foram realizadas as primeiras catapultagens (N 1011 e N 1009). Ao final dessa comissão foram contabilizados 52 pousos e decolagens.
Em 12 de novembro, foi realizada a bordo, cerimônia alusiva ao 179º Adversário da Esquadra, com a presença do Comandante da Marinha, AE Chagasteles, do ComemCh, VA Mauro Magalhães de Souza Pinto, de ex-Comandantes-em-Chefe, membros do Almirantado e demais autoridades.
Em 5 de novembro, foi realizada a bordo, cerimônia alusiva ao 1º Aniversario de sua incorporação. Nesse um ano de serviço realizou ainda, a comissão de Adestramento Inicial, comissão de Vistoria de Segurança de Aviação – VSA e a comissão Qualificação e Requalificação de Pilotos de Helicópteros, tendo atingido nesse período as marcas de 52 enganchamentos e catapultagens, 48 dias de mar e 14.648.6 milhas navegadas.
2002
Em 17 de fevereiro, foi comemorado o primeiro ano de sua chegada ao Brasil.
Entre 10 e 23 de março, realizou comissão, na área marítima entre o Rio e São Paulo, como capitânia de um GT sob o comando do Contra-Almirante Tibério César Menezes Ferreira, composto também pela F Constituição – F 42. Essa foi a primeira comissão de adestramento depois de ficar alguns meses parado para reparos nas caldeiras. Foram realizadas operações aéreas, já contando efetivamente com a participação operacional de aeronaves do Esquadrão VF-1. Foi visitado o porto de Santos-SP.
Em 15 de abril, foi realizada a bordo a cerimônia de substituição do VA Mauro Magalhães de Souza Pinto pelo VA Euclides Duncan Janot de Mattos, no Comando em Chefe da Esquadra.
Em 22 de abril de 2002, partiu do Rio de Janeiro, como capitânia de um Grupo-Tarefa sob o comando do Contra-Almirante Edison Lawrence Mariath Dantas, composto também pela Fragata Rademaker e pelo Navio-Tanque Marajó, para participar da Operação URUEX I/ARAEX VI, realizadas respectivamente em águas uruguaias e argentinas no período de 1º a 6 de maio. Visitou o porto de Rio Grande entre 26 e 29 de abril. Retornou ao Rio de Janeiro em 13 de maio.Pela Marinha do Uruguai, participou a Fragata ROU Artigas e helicópteros Westland Wessex HC.2 que operaram no São Paulo. Pela Armada Argentina, participaram a Fragata ARA La Argentina – D 11, o Navio de Apoio Logístico ARA Patagônia – Q 1, aeronaves S-2T Turbo Tracker, Super Etendard e SH-3 Sea King. Os primeiros pilotos argentinos a pousarem a bordo foram o Comandante da Forca Aeronaval, o Contra-Almirante (ARA) Carlos Cal e o Comandante do 2º Esquadrão de Caça e Ataque, o Capitão-de-Corveta (ARA) Rony Whammond, com um Turbo Tracker e Super Etendard, respectivamente. Foram embarcados para intercâmbio 35 oficiais e 56 praças.
Foram realizados 69 toques e arremetidas, 31 enganches (pousos) e 33 catapultagens de aeronaves Super Etendard e Turbo Tracker argentinas. Nessa comissão, foi realizada uma cerimônia, com aposição e toque de silêncio, em memória aos mortos da Guerra das Malvinas, em especial do Cruzador ARA General Belgrano – C 4. Entre outras autoridades, estiveram a bordo, o Embaixador do Brasil na Argentina, Dr. José Botafogo Gonçalves e o Almirante-de-Esquadra Joaquim Stella, Comandante da Armada Argentina.
Recebeu do Comando do Controle Naval do Tráfego Marítimo – COMCONTRAM, em cerimonia presidida pelo Comandante de Operações Navais, Almirante-de-Esquadra Roberto de Guimarães Carvalho, o Prêmio “Contato-CNTM/Esquadra”, relativo ao período maio de 2001-abril 2002.
Entre 10 e 20 de setembro, realizou Operação TEMPEREX-I/02 no trecho Rio-Santos, como capitaneando da Força-Tarefa 809 comandada pelo Vice-Almirante Euclides Duncan Janot de Mattos, ComenCh. A FT-809 era integrada pela F Niterói – F 40, F Constituição – F 42, F União – F 45, F Dodsworth – F 47, F Rademaker – F 49, CT Pernambuco – D 30 e os NT Marajó – G 27 e Almirante Gastão Motta – G 23. As operações aéreas ficaram a cargo de um Destacamento Aéreo Embarcado composto por AF-1 Skyhawk (do VF-1), três SH-3A/B Sea King (do HS-1), três UH-14 Super Puma (do HU-2), dois UH-12 Esquilo (do HU-1), dois IH-6B Jet Ranger (do HI-1), e dois S-2T Turbo Tracker da Escuadrilla Aeronaval Antisubmarina (EA2S) da Armada Argentina, sob o comando do Capitão-de-Corveta (ARA) Dennehy. Foram realizados 105 lançamentos e 106 recolhimentos. Visitou o porto de Santos-SP.
Em 19 de novembro, recebeu a visita do Presidente da Republica, Fernando Henrique Cardoso, acompanhado dos Ministros da Casa Civil, do Gabinete de Segurança Institucional, e dos Comandantes da Marinha, Exercito e Aeronáutica. Na ocasião o Presidente teve a oportunidade de acompanhar as operações aéreas realizadas a bordo.
Recebeu a primeira versão da Estação Móvel Naval de Comunicações por Satélite (EMN), parte do Sistema de Comunicações Militares por Satélite (SISCOMIS) transferido do NAeL Minas Gerais.
2003
Entre 14 e 29 de janeiro, participou da Operação ASPIRANTEX 03, como capitania de um GT constituído pelas F Constituição – F 42, F União – F 45, F Rademaker – F 49, CT Pernambuco – D 30, NDD Ceará – G 30, NT Almirante Gastão Motta – G 23 e o S Tapajó – S 33. Escalou no porto de Fortaleza-CE.
Foi realizada a bordo a cerimônia de passagem do comando-em-chefe da Esquadra, presidida pelo ComOpNav, AE Rayder Alencar da Silveira, ocasião em que o AE Euclides Duncan Janot de Matos, transmitiu o cargo ao VA Miguel Ângelo Davena.
Entre 19 e 31 de maio, participou da Operação TROPICALEX 03, como capitânia da FT-705, sob o comando do ComenCh, VA Miguel Ângelo Davena, realizada entre o Rio de Janeiro e Salvador. A FT era composta também pelo NDCC Matoso Maia – G 28, pelas F Dodsworth – F 47, Bosísio – F 48, Rademaker – F 49, União – F 45 e Defensora – F 41, pelos CT Pará – D 27 e Pernambuco – D 30, pelo S Tupi – S 30, e pelos NT Marajó – G 27 e Almirante Gastão Motta – G 29. Participaram como unidades isoladas os NPa Graúna – P 42 e Goiana – P 43 do 3º DN, os S Tupi – S 30, Timbira – S 32 e Tapajó – S 33, além de aeronaves dos EsqdHA-1, EsqdHI-1, EsqdHS-1, EsqdHU-1, EsqdHU-2 e EsqdVF-1. Foi visitado o porto de Salvador-BA.
Em 7 de julho, foi docado na Dique Almirante Régis no AMRJ, para ser submetido ao seu primeiro Período de Manutenção e Atualização – PMA. Essa foi a sua primeira docagem feita no Brasil, uma faina delicada que durou quase três horas. Nesse PMA, foi dedicada atenção especial a instalação propulsora, linhas de eixo, catapulta, aparelho de parada, controle de avarias e obras estruturais.
Em setembro concluiu o o seu primeiro Período de Manutenção e Atualização – PMA.
No final de outubro e inicio de novembro, após concluir o PMA, realizou a comissão EXPERIÊNCIA DE MÁQUINAS, conseguindo voltar a atingir sua velocidade máxima. Junto a essa comissão foi realizada uma CATRAPO, requalificando sete pilotos de AF-1 Skyhawk.
Em 15 de novembro, completou 3 anos de Serviço Ativo. Até essa data atingiu a marca de 450 ganchos e catapultagens.
2004
Em 19 de fevereiro. foi realizada no cais do AMRJ a cerimônia de troca de comando, com o CMG Luiz Henrique Caroli, substituindo o CMG Antônio Fernando Monteiro Dias.
Entre 7 e 11 de junho, formando o GT 706.1 sob o comando do CA Arthur Pires Ramos, Comandante da 1ª Divisão da Esquadra, junto com S Tapajó – S 33, realizou a Operação PASSEX-RONALD REAGAN, com o NAe Nuclear USS Ronald Reagan – CVN 76 e o Cruzador AEGIS USS Thomas S. Gates – CG 51 (classe Ticonderoga), que formavam um GT sob o comando do CA (USN) Robert T. Moeller, Comandante do Grupo de Cruzadores e Contratorpedeiros 1 (ComGruDesGru 1). O Ronald Reagan, foi construído em Newport News (Virginia) e foi incorporado no inicio desse ano. A PASSEX foi realizada na escala do Ronald Reagan, no Brasil quando de sua travessia de Norfolk (Virginia) para San Diego (Califórnia) no Pacifico onde ira operar.
No dia 8 de junho, os AF-1 do São Paulo, realizaram toque e arremetida no NAe Nuclear USS Ronald Reagan – CVN 76.
No dia 9 de junho, ainda durante essa Operação, o navio recebeu a visita do CA (MN) Patrick Giaume, Comandante da Aviação Naval Francesa, acompanhado pelo Consul-Geral da França no Brasil, Sr. Richard Barbeyronme.
Ainda em junho, na seqüência da PASSEX-RONALD REAGAN, ainda acompanhado pelo S Tapajó, realizou a Operação CATRAPO III/HELITRAPO III, para qualificação e requalificação de pilotos de AF-1 e helicópteros.
Em 4 de agosto, durante a Operação ESQUADREX 04, realizada na área marítima entre o Rio e Vitoria, o NAe São Paulo – A 12, recebeu a visita do Presidente da Republica Luiz Inácio Lula da Silva e comitiva, que incluía o Ministro da Defesa Emb. José Viegas e o Comandante da Marinha. Além de assistir as operações aéreas a bordo do São Paulo, a comitiva também teve a oportunidade de assistir a uma Parada Naval na qual participaram as F Bosisio – F 48, Rademaker – F 49 e Defensora – F 41, a Cv Inhaúma – V 30, o CT Pará – D 27, o NT Marajó – G 27 e os S Tupi – S 30 e Tapajó – S 33. O navio visitou o porto de Salvador-BA.
2005
Foi realizada a bordo a Cerimônia de Passagem do Comando-em-Chefe da Esquadra, presidida pelo Chefe de Operações Navais, AE Julio Soares Moura Neto, ocasião na qual o AE Carlos Augusto V. Saraiva Ribeiro passou o cargo ao VA Aurélio Ribeiro Silva Filho.
Em 17 de maio, como capitânia de um GT composto pela Cv Inhaúma – V 30 e o NT Marajó – G 27, suspendeu para exercícios na área marítima entre o Rio de Janeiro e São Paulo, com escala prevista em Santos. Logo na saída da Baia da Guanabara, a cerca de 10 milhas ao sul da Ilha Raza, por volta das 10:30h, ao ser comunicado vapor para o aparelho de catapulta, responsável pelo lançamento de aeronaves, houve o rompimento de uma tubulação, liberando vapor superaquecido junto a um quadro elétrico, operado por militares em serviço. Não houve explosão a bordo. O vapor que vazou da tubulação provocou queimaduras em onze tripulantes. Foi vitima fatal o 3º Sargento Anderson Fernandes do Nascimento, e os feridos foram o 1º Tenente Marco Aurélio Barros de Almeida, os 1º Sargento Francisco Cícero da Silva, 2º Sargento Jorge André de Almeida Soares, e os Cabos Daniel Pires de Andrade, José Roberto da Silva Bahia, Erivelton dos Santos Coelho, Edivelton Brito Santos, Douglas Ricardo da Silva Farias e Ângelo José Moraes dos Anjos, e o Marinheiro Felipe Machado da Rocha. Os feridos foram evacuados do navio por helicóptero do Grupo Aéreo e transportado para o Hospital Naval Marcilio Dias, no Méier, Rio de Janeiro.
Entrou em Periodo de Manutenção Geral (PMG) e em função da extensão dos serviços a serem realizados e o tempo necessário à sua consecução, bem como da programação de futuros períodos de manutenção do navio, diversos outros serviços foram oportunamente antecipados, em face da necessidade de sua imobilização. Dessa forma, compatibilizou-se a manutenção corretiva com a preventiva, decorrente do número de horas de funcionamento de determinados equipamentos e sistemas.
2006
Em 11 de dezembro, recebeu o Troféu Operativo “Alfa Mike” de Operações Navais na Guerra Acima d’ Água, em cerimônia presidida pelo ComenCh, AE Aurélio Ribeiro da Silva Filho, pelo desempenho nos adestramentos de operações navais na guerra eletrônica, no decorrer do ano.
2007
Em 30 de outubro, realizou sua primeira saída para prova de maquinas depois de um período de reparos e modernização em importantes sistemas do navio, dentre elas, as turbinas de propulsão e engrenagem redutora do eixo de bombordo, caldeiras, condensadores principais, sistema de geração de energia, equipamentos eletrônicos de detecção e comunicação, pintura do convés de vôo, obras estruturais em conveses internos e externos, catapultas, bem como a substituição de cerca de 2000m de redes de água, vapor e combustível do navio. Essa foi a primeira saída do navio, para o mar após o acidente de 17 de maio de 2005.
Na tarde de 28 de novembro, voltou a realizar nova saída ao mar para dar prosseguimento as provas de mar.
Foi constatada uma avaria no eixo propulsor de boreste, cujo reparo culminou na sua substituição. O período de tempo necessário ao serviço do eixo, cerca de um ano, permitiu a execução de outros serviços de manutenção e a modernização de alguns sistemas componentes da planta propulsora e catapultas. De um modo simplificado, podemos resumir as obras, em cinco grupos, assim discriminados:
I – Praças de Máquinas – revisão das turbinas de propulsão do eixo de bombordo; reparos de turbo-geradores, que são as principais fontes de energia elétrica; e reparo da maioria das bombas principais do Navio.
II – Praças de Caldeiras – duas caldeiras foram retubuladas completamente. Para se ter uma idéia, são cerca de 1.500 tubos por caldeira. Uma delas ficou pronta no fim de abril e a outra em julho de 2009.
III – Catapulta lateral – a catapulta lateral está sofrendo uma revisão geral com a troca de inúmeras peças do seu aparelho de força, aquele que impulsiona a aeronave; reforço em sua estrutura; e verificação de todo circuito vapor. A previsão de término do reparo era para 15 de julho de 2010.
IV – Condensadores principais – estão sendo realizados serviços de reparo no
engaxetamento (vedação) dos 19.700 tubos, pertencentes aos dois condensadores principais do Navio. A previsão de término era para julho de 2010.
V – Outras obras – foram modernizadas as quatro unidades de resfriamento principais, para melhorar o sistema de condicionamento de ar do navio. Foram, também, substituídos três motores de combustão, responsáveis por parte da geração de energia, bem como foram instalados grupos de osmose reversa, responsáveis pela produção de água doce.
Em 17 de dezembro, em solenidade, realizada a bordo, presidida pelo Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto, Comandante da Marinha, o Almirante-de-Esquadra Aurélio Ribeiro da Silva Filho assumiu, os cargos de Comandante de Operações Navais e de Diretor-Geral de Navegação, que lhe foram transmitidos pelo Almirante-de-Esquadra Carlos Augusto Vasconcelos Saraiva Ribeiro.
2008
Entre 14 de janeiro e 27 de março, realizou a sua segunda docagem para reparos nas obras vivas, desde sua incorporação a Armada.
2009
Continuava em Periodo de Manutenção Geral (PMG), agora também contemplando a instalação do no Sistema de Processamento de Dados Táticos Navais – SICONTA Mk4.
Em dezembro, recebeu o Troféu Operativo “Alfa Mike” de Operações Navais na Guerra Acima d’ Água, pelo desempenho nos adestramentos de operações navais na guerra eletrônica, no decorrer do ano.
2010
Em 28 de julho, suspendeu do AMRJ para realizar testes de maquinas dentro da Baia da Guanabara. Os testes foram feitos com o navio atracado e na Baia da Guanabara entre os dias 26 e 29 de julho.
No dia 26 de novembro foi realizada a bordo a transmissão dos cargos de Comandante de Operações Navais (CON) e de Diretor-Geral de Navegação (DGN) do AE Luiz Umberto de Mendonça para o AE João Afonso Prado Maia de Faria em cerimônia que contou com a presença do Comandante da Marinha AE Julio Soares de Moura Neto.
No dia 8 de dezembro foi realizada a bordo a Cerimônia de Passagem do Cargo de Comandante-em-Chefe da Esquadra do AE Eduardo Monteiro Lopes para o VA Wilson Barbosa Guerra. A Cerimônia, presidida pelo Comandante de Operações Navais, Almirante-de-Esquadra João Afonso Prado Maia de Faria.
Recebeu a estação tática do SISCOMIS, para comunicações por banda X e Ku.
2011
Em 9 de fevereiro recebeu a visita do comandante da Marinha da Republica da Índia, AE (IN) Nirmal Verma e comitiva.
Em 16 de maio recebeu a visita de 88 oficiais-alunos da Escola de Guerra Francesa (École de Guerre), de várias nacionalidades, em comitiva chefiada pelo Brigadeiro-do-Ar Jean-Daniel Teste, que foi recebida pelo Comandante da Força de Superfície, Contra-Almirante Domingos Sávio Almeida Nogueira.
Teve instalada uma nova Estação Móvel Naval de Comunicações por Satélite (EMN) em substituição a anterior que foi recebida do NAeL Minas Gerais em 2002. A nova EMN na banda X faz parte do Plano de Desenvolvimento e de Implantação do Sistema de Comunicações Militares por Satélite (PDI – SISCOMIS) dando ao navio a capacidade de comunicações por satélite em banda larga, com alto desempenho e disponibilidade. A nova EMN opera com duas antenas giroestabilizadas de última geração, que se revesam na transmissão de voz e dados, proporcionando ao navio, mesmo em deslocamento, acesso aos sistemas corporativos da MB, à Intranet, à Internet, além da realização de chamadas telefônicas para a RETELMA, SISCOMIS e rede pública (local, celular, DDD e DDI).
Também foi criada uma rede operacional no navio, segregada da rede administrativa, com instalação de equipamento de videoconferência e telefonia IP.
Em 6 de junho, realizou saída para testes de mar e adestramento da tripulação.
Em 9 de junho, retornou dos testes de mar e no mesmo dia recebeu a visita de Estagiários da Escola Superior de Guerra.
Em 15 de julho recebeu a visita 45 alunos e 3 oficiais docentes do Estágio em Assuntos de Defesa da Escola Superior de Guerra (ESG).
Entre os dias 15 e 17 de agosto o HS-1 esteve a bordo para realizar Testes de Aceitação de Mar do Sistema Óptico de Pouso, usando para isso a aeronave SH-3A Sea King N-3012. Na ocasião o Guerreiro 12 realizou um total de 39 circuitos, aproveitando a oportunidade para estender a qualificação em pouso a bordo, no período diurno, de dois dos seus pilotos.
Entre 5 e 7 de setembro realizou saída para testes mar e QRPB com as aeronaves dos Esquadrões HU-1, HU-2 e HA-1.
No dia 7 de setembro participou do Desfile Naval em comemoracao a Indepedencia do Brasil, realizado entre a barra da Tijuca e a entrada da Baia da Guanabara, e do qual participaram o NAe São Paulo – A 12, as F Niterói – F 40 e Independência – F 44, a Cv Barroso – V 34, o NT Almirante Gastão Motta – G 23, o NHO Cruzeiro do Sul – H 38, os NPa Guajará – P 44 e Gurupá – P 46 e o S Tamoio – S 31.
Em 16 de novembro, por volta das 09:00h, suspendeu escoteiro do AMRJ para realizar comissão de adestramento geral da tripulação, inspeção operativa (PAD-CIASA) e qualificação de pilotos de helicópteros (HELITRAPO I/Verificação Inicial A 12) na área marítima entre o Rio de Janeiro e São Paulo, quando também foi homologado o Sistema Ótico de Pouso que foi modernizado. Visitou o porto de Santos entre os dias 18 e 22.
Na noite de 23 de novembro retomou a condução de operações aéreas noturnas, com a qualificação de pilotos do 2º Esquadrão HU-2 com aeronaves UH-14 Super Puma.
No dia No dia 24 de novembro chegou ao Rio de Janeiro atracando na Ilha das Cobras por volta da 14:30h.
Em 1º de dezembro foi realizada a bordo a cerimônia de transmissão dos cargos de Comandante de Operações Navais e Diretor-Geral de Navegação.
2012
Em 22 de fevereiro ocorreu um incêndio na ante-sala de acesso a um dos alojamentos de bordo, onde estavam quatro tripulantes, deixando dois feridos e uma vitima fatal, o Marinheiro Carlos Alexandre dos Santos Oliveira.
Em 11 de abril foi realizada a bordo a cerimônia de transmissão de Cargo de Comandante-em-Chefe da Esquadra quando assumiu o VA Eduardo Bacellar Leal Ferreira.
Suspendeu da Ilha das cobras no final da tarde do dia 1º de agosto, para testes de mar, retornando na manhã do dia seguinte.
Em 12 de dezembro, realizou uma curta saída da barra para teste de maquinas acompanhado pela F Niterói – F 40 e a Cv Barroso – V 34.
Em cumprimento ao disposto na Portaria nº 347, de 21 de novembro de 2018, do Comandante da Marinha, foi realizada a Mostra de Desarmamento do Navio-Aeródromo “São Paulo”.
Fontes: Marinha do Brasil, Revista Sociedade Militar e https://www.arquivodamarinha.dphdm.mar.mil.br/index.php/diretoria-do-patrimonio-historico-e-documentacao-da-marinha-3