Embora a imprensa esteja divulgando que os militares teriam recebido reajustes salariais nos últimos anos o que na verdade foi reajustado são vantagens que incidem sobre alguns postos e graduações, a maior parte dos militares não recebeu durante o governo Bolsonaro sequer a reposição inflacionária dos últimos anos.
Oficiais generais receberam um “upgrade” em gratificações que incidem sobre os soldos e muitos que possuem cargos comissionados passaram a receber mais de 60 mil reais porque o governo publicou uma resolução que os livra de ter que respeitar o teto constitucional.
Já venceu o prazo para o governo de Jair Bolsonaro (PL) conceder aumento aos servidores, segundo a lei eleitoral. A legislação eleitoral estipula que reajuste salarial para servidores públicos em geral SÓ pode ser liberado até 180 dias antes do pleito, que em 2022 será realizado em 2 de outubro.
O presidente do Banco Central chegou a dizer para os funcionários da instituição que seria melhor que nenhuma categoria do serviço público federal tivesse reajuste salarial por conta da pandemia e situação complicada do país. Mas, quando o presidente Bolsonaro anunciou aumento para os policiais federais, Campos Neto passou a tentar negociar com o governo um reajuste.
A partir dessa segunda-feira, o governo não pode mais dar aumento de salário, só pode dar a reposição da inflação do último ano.
De AGORA até 30 de junho, pela legislação eleitoral, o governo pode promover reajustes lineares (para todo o funcionalismo) apenas para recompor a inflação dos últimos 12 meses. Não seria possível, nesse caso, recompor as perdas inflacionárias desde o início do governo.
Mas Bolsonaro tem ainda brechas que lhe dão a possibilidade de promover um reajuste maior para algumas categorias, embora não possa fazer isso para todo o funcionalismo.