O Ex-Comandante da Marinha do Brasil, Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos, fez mesmo o que prometeu que iria fazer e que noticiamos aqui na Revista Sociedade Militar, mas a atitude do ex-comandante gerou controvérsias entre militares que discordaram da forma que o Almirante tomou suas atitudes.
O Almirante de Esquadra Almir Garnier Santos, para não passar nem um dia sequer sob a liderança do governo Lula, decidiu não comparecer à posse do novo governo e passou o comando da Força Naval, de forma interna, através de Portaria assinada pelo Jair Bolsonaro, em 29 de dezembro para o Almirante de Esquadra Marcos Sampaio Olsen.
Dessa forma, o novo comandante, que assumiu o comando da Marinha de forma interina em 30 de dezembro, na cerimônia do dia 5 apenas passou de interino para efetivo, sem ter existido a cerimônia tradicional onde um comandante transfere o cargo para o seguinte.
Portanto, de fato o Almirante Almir Garnier Santos não compareceu à posse. A atitude não foi bem vista entre o Alto Comando das Forças Armadas.
O que chamou a atenção também, fato pouco comentado nas redes, foi o fato do ex-comandante, após faltar a posse de seu sucessor, tentar compensar sua ausência comparecendo ao almoço que foi realizado na residência do Almirante Marcos Sampaio Olsen, que reuniu todos os integrantes do Alto Comando da Marinha.
Durante esse almoço, pelos salões da residência, oficiais das três Forças e convidados condenavam, praticamente em unanimidade, a atitude Garnier, incluindo os mais bolsonaristas. A justificativa para a reprovação é que comandantes representam a Força, não um presidente, ou seja, representam a Marinha, não Lula ou Jair Bolsonaro, e que a Marinha é uma instituição de Estado, não um governo.
Com informações de Estadão, Ministério da Defesa, Marinha do Brasil