Os Estados Unidos incluíram o Brasil na sua estratégia de guerra fria contra a China. O objetivo é enfraquecer a economia chinesa e tornar os EUA menos dependentes da indústria do país asiático. Para isso, o governo americano contatou o governo brasileiro para investir na produção de chips em nosso país.
Segundo a Folha de São Paulo, o Brasil se tornou uma das novas frentes da guerra entre EUA e China para dominar a produção mundial de chips. Os semicondutores, usados na produção de chips para smartphones, videogames, computadores e outros aparelhos eletrônicos, são um material importante e essencial na tecnologia atual. A falta deles afeda a produção de grandes empresas, como a Volkswagen, a GM, a Volvo, a Samsung e a Sony.
Com a aprovação da Lei dos Chips, que visa a investir US$ 52 bilhões na produção de chips fora da Ásia, o Brasil pode se beneficiar desse investimento para trazer mais emprego e crescimento para a economia do país.
O presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que o objetivo é investir na cadeia de produção de chips no Brasil e tornar os EUA menos dependentes da indústria chinesa. Além disso, a medida visa manter os EUA à frente na guerra tecnológica contra a China, em uma nova mutação do movimento comunista.
O Brasil tem um longo histórico de atuação diplomática perante o mundo, não entrando em guerras ou tomando parte de qualquer lado. Entretanto, essa nova oportunidade de investimento pode trazer benefícios significativos para a economia brasileira.
A escassez de chips e suas consequências globais
A escassez de chips vem afetando o mundo todo, de empresas de tecnologia a fabricantes de automóveis. Desde a pandemia de COVID-19, a demanda por produtos eletrônicos aumentou significativamente, enquanto a produção de chips foi interrompida devido à falta de materiais e mão de obra. Além disso, as tensões comerciais e geopolíticas entre países também afetaram o fornecimento do material.
As consequências foram sentidas em todos os setores, com atrasos na produção, aumento de preços e até mesmo paralisações de fábricas. A indústria automotiva, por exemplo, sofreu bastante com a falta dele, levando a interrupções na produção e redução nas vendas. A Volkswagen, por exemplo, teve que interromper a produção em algumas fábricas na Europa, enquanto a General Motors teve que reduzir a produção em fábricas nos EUA.