Os ataques a mísseis dessa semana foram os mais severos a atingir a Ucrânia nos últimos meses. Diversos danos a infraestrutura do país foram reportados, incluindo a interrupção do fornecimento de energia da maior usina de energia nuclear da Europa, a de Zaporizhzhia.
Na quinta-feira, o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, declarou: “Armas aéreas, marítimas e terrestres de alta precisão e longo alcance, incluindo o sistema de mísseis hipersônicos Kinzhal, atingiram elementos-chave da infraestrutura militar da Ucrânia”.
Os militares ucranianos, por sua vez, afirmaram ter derrubado com sucesso pelo menos 30 mísseis de cruzeiro e quatro drones Shahed de fabricação iraniana. No entanto, a defesa anti-aérea da Ucrânia não teria sido capaz de interceptar os modernos mísseis balísticos hipersônicos Kinzhal. Nem mesmo armas mais antigas, como mísseis anti-navio Kh-22 e mísseis antiaéreos S-300 puderam ser destruídos pelas defesas ucranianas, gerando desconfiança que a capacidade anti-aérea do país está em declínio.
“Este foi um grande ataque e pela primeira vez com tantos tipos diferentes de mísseis”, disse um porta-voz da Força Aérea Ucraniana à agência de notícias Reuters. “Nunca havia acontecido algo assim, antes.”, alegou.
Além da usina nuclear de Zaporizhzhia, um míssil também teria atingido outra instalação de energia na cidade portuária de Odessa, disse o governador Maksym Marchenko. Áreas residenciais também foram afetadas pelo ataque, mas até o momento, sem vítimas.
O presidente Vladimir Putin destacou o investimento da Rússia em mísseis hipersônicos balísticos, que podem viajar a mais de cinco vezes a velocidade do som.