Os populares Soldiers of Fortune (ou em português, Mercenários) contratados pelo governo russo para atuar no campo de batalha na Ucrânia em apoio às Forças Armadas russas, em breve estarão protegidos contra informações falsas – as fake news – por uma nova lei que punirá com extremo rigor os que opinarem de forma negativa ou desacreditarem os soldados voluntários e os mercenários que atuam em prol da Rússia.
A notícia foi divulgada inicialmente no Brasil pelo Gazeta do Povo e destaca que as penas podem chegar aos 15 anos de prisão em caso de divulgação de informações falsas, enquanto as críticas que levam ao descrédito dos combatentes têm punição prevista de até 7 anos de prisão.
Essas novas medidas visam não apenas proteger os mercenários de outros países que ingressam para combater ao lado dos russos, mas na verdade têm como principal foco de proteção proteger o grupo Wagner, uma empresa militar privada que atua em prol dos interesses da Rússia.
Nome conhecido
Nos últimos anos, o Grupo Wagner tem sido um nome conhecido em conflitos armados em todo o mundo, desde a Ucrânia até a Síria e a Líbia. Este grupo paramilitar, fundado pelo veterano da guerra chechena Dmitriy Valeryevich Utkin, ganhou destaque em 2014, quando apareceu pela primeira vez na Ucrânia, apoiando a anexação da Crimeia pela Rússia.
O grupo também esteve ativo na região de Lugansk, na Ucrânia, onde lutou ao lado de separatistas apoiados pela Rússia. Antes de fundar o Grupo Wagner, Utkin serviu como tenente-coronel e comandante de brigada de uma unidade de forças especiais da Direção Geral de Inteligência da Rússia, o 700º Destacamento Spetsnaz Independente da 2ª Brigada Independente.
Embora oficialmente seja uma empresa privada, o Grupo Wagner é frequentemente descrito como tendo ligações com o governo russo. O grupo é conhecido por fornecer serviços de segurança e treinamento em todo o mundo, especialmente em segurança contra a pirataria. Desde sua fundação, o Grupo Wagner tem estado envolvido em várias operações militares em todo o mundo, muitas vezes atuando como uma força de segurança privada para governos e empresas.
Em tramitação
A leis ainda passarão pelo crivo do Conselho da Federação ou Senado e promulgada pelo presidente Vladimir Putin, medidas tidas como inevitáveis.