Em Portaria editada ontem, dia 20 de março, o Almirante de Esquadra e Chefe do Estado-Maior da Armada, José Augusto Vieira da Cunha de Menezes, autorizou que o navio ALPHA CRUCIS realizasse atividades de pesquisa científica especificadas no projeto “i-Atlatic”, em águas Jurisdicionais Brasileiras. O período da validade da autorização será de 20 a 31 de março de 2023.
Brevíssimo histórico do navio Alpha Crucis
Segundo reportagem da revista Exame, “o antigo navio foi utilizado entre 1967 e 2008, quando sofreu um incêndio e ficou sem condições operacionais de pesquisa, limitando drasticamente os estudos oceanográficos no Estado de São Paulo.”
Em 2012, porém, o navio foi adquirido pela FAPESP para o Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP), e inaugurado, tendo como objetivo “que o navio proporcione um grande salto qualitativo na pesquisa oceanográfica do país.”
Nas palavras do professor Michel Michaelovitch de Mahiques, que é professor de Oceanografia da USP:
“Este é o passo mais importante da ciência oceanográfica no país desde 1967, quando o Professor Besnard foi adquirido. Agora temos um navio muito mais moderno, que permitirá pesquisas mais avançadas e com maior duração. O Alpha Crucis terá papel fundamental na formação de graduandos e pós-graduandos e produzirá conhecimento que poderá ser aplicado em políticas públicas, beneficiando toda a sociedade”.
No ano de 2019, durante a pandemia, o navio Alpha Crucis realizou mais uma expedição “para colher amostras e estudar os impactos da poluição global e as mudanças climáticas no Atlântico Sul”. A coleta de amostras ocorrer na costa entre o mar da Argentina, do Uruguai e do Brasil.
“O objetivo é coletar as amostras e fazer algum tipo de relação com as mudanças que acontecem em alto mar. Elas podem provocar alterações também em várias áreas costeiras, onde fica boa parte do território da Baixada Santista e também as atividades portuárias.”, explica José Helvécio Regente, o comandante do navio. Saiba mais aqui.